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Policial

Família de bebê morto por suposta intoxicação por crack deve depor

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Reprodução
Bebê passou seis dias internado em estado
gravíssimo

A Polícia Civil intimou sete familiares do bebê morto com suspeita de intoxicação por crack para prestar esclarecimentos, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. O delegado Germano de Castro, que assumiu o caso, preferiu não informar a data do depoimento dos pais, que foram notificados na última sexta-feira (19).Ele disse apenas que eles serão ouvidos nesta semana.

Os depoimentos dos familiares estão previstos para começar na tarde de hoje (22), na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), e devem se estender por toda a semana. O objetivo, segundo o delegado, é apurar as circunstâncias em que a criança passou mal e foi levada com sintomas de intoxicação aguda para uma unidade de saúde.

“Vamos colher os depoimentos, esperar o laudo cadavérico e o exame toxicológico do Instituto Médico Legal. Caso o laudo comprove resíduo de cocaína [droga da qual o crack é derivado] no organismo, partiremos para a hipótese de homicídio”, diz o delegado. Não há data para os laudos do IML ficarem prontos.

Intoxicação
A criança de um mês morreu na tarde de sábado (20) após passar seis dias internada em estado gravíssimo e com suspeita de morte cerebral no Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia. Na noite de quinta-feira (18), a equipe médica da unidade de saúde abriu protocolo de morte cerebral do bebê.

Mas antes do fim do prazo de 48 horas para verificação, a criança não resistiu. O diretor clínico do hospital, Ivan Isaac, informou que o quadro do bebê se agravou na noite de sexta-feira (19), quando teve a primeira parada cardíaca. Em nota, a assessoria do HMI informou que a causa da morte não está esclarecida.

Crack

A intoxicação teria acontecido no último domingo (14), em Aparecida de Goiânia, quando o bebê foi  encaminhado a um hospital no Setor Garavelo. Segundo relato de familiares a funcionários do hospital, a criança teria inalado fumaça de crack. De acordo com o diretor clínico, as informações são de que a mãe da criança é usuária de drogas desde a gestação.

“A mãe consumia droga durante toda a gravidez. A criança continuou aspirando a droga logo depois que nasceu. Pelo que eu vi, as consequências são iguais à de um adulto quando há overdose”, afirmou o Isaac. O Conselho Tutelar de Aparecida de Goiânia, na divisão do Setor Garavelo, acompanha o caso.

O conselheiro Júnior Pinheiro informou que os pais do bebê possuem mais quatro filhos. “Eles consumiam as drogas em casa, na presença das crianças”, revelou . Segundo o conselheiro, eles já começaram um trabalho preventivo junto à família e que outro  bebê, de um ano e seis meses, está sob os cuidados da avó. Os outros filhos da mãe, que moram com o pai, também serão acompanhados pelo conselho.

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