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Polícia colhe depoimento de suspeito de matar Rachel Genofre

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Foto: Ari Dias/AEN

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) interrogou Carlos Eduardo dos Santos, 52 anos, na noite de terça-feira (22), em Curitiba. O homem é o principal suspeito de estuprar e assassinar Rachel Genofre, de 9 anos, no dia 3 de novembro de 2008.

De acordo com a delegada Camila Cecconello, o novo depoimento foi colhido para confrontar informações fornecidas em interrogatório realizado há cerca de um mês, no sistema prisional de Sorocaba, pois durante as diligências a polícia encontrou divergências na versão apresentada pelo suspeito.

No curso das investigações foi constatado que o homem praticou ao menos seis estupros contra crianças com idades entre 4 e 14 anos. O que denota preferência por vítimas com o mesmo perfil de Rachel. Além dos estupros, o suspeito praticou, em média, 17 crimes de estelionato e um de roubo, no qual teria se passado por um funcionário responsável por realizar reparos em residência.

A PCPR também traçou rotas percorridas pelo criminoso nos últimos anos. Foi concluído que o homem teria passado por ao menos 14 cidades, sendo do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Ainda há suspeitas que ele tenha residido em Minas Gerais, Bahia e Goiás.

No último mês a PCPR ouviu ex-companheiras, familiares, líderes religiosos e demais pessoas que tiveram convívio com o suspeito nos anos que antecederam e sucederam o crime contra Rachel. “O objetivo era confirmar ou não a veracidade das alegações prestadas que ele (o suspeito) tinha prestado no primeiro interrogatório”, afirma Camila.

 

DIFERENTES

A delegada informou que no novo interrogatório o suspeito prestou informações diferentes das já prestadas no depoimento anterior. “Quando confrontado com as diligências realizadas por nós, ele mudou alguns detalhes relacionados a versão já apresentada. Principalmente quanto ao local em que ocorreu o crime. Essa nova versão está sendo investigada desde ontem e seguirão sendo investigadas”, completa.

Segundo o delegado da PCPR, Marcos Fontes, o crime não aconteceu na pensão localizada na Rua Alferes Polli, como afirmado pelo suspeito no primeiro interrogatório. “Durante as investigações, constatamos que ele esteve na pensão entre os dias 1º e 29 de setembro de 2008 e o crime aconteceu no dia 3 de novembro de 2008. Ele já não residia mais lá. Onde ele esteve nesse período é objeto de investigação nesse momento.”

Há suspeitas que o homem tenha residido no bairro Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, quando deixou a pensão situada no centro da capital. “Pedimos auxílio da população para que possamos confirmar essa informação. Pessoas que residem na região, vizinhos, podem contribuir com as investigações”, disse o delegado.

O delegado Fontes relatou que no primeiro interrogatório o suspeito não demonstrou arrependimento e empatia pela vítima em momento algum. “Entretanto, no novo depoimento disse estar arrependido. Alegou ainda que teria optado por deixar o corpo de Rachel Genofre na rodoviária, pois queria ser encontrado e preso. Não acreditamos nessa versão. Acreditamos que esteja forjando mais uma personalidade, como se estivesse forjando algum distúrbio psíquico”, diz.

 

NOVO EXAME

O diretor-geral da Polícia Científica, Leon Grupenmacher, informa que existe uma requisição para um novo exame psiquiátrico do suspeito. “Tomamos o cuidado de escalar dois psiquiatras forenses que não possuem envolvimento com laudos interiores. Será realizado um novo exame para identificar se há ou não distúrbio de personalidade por parte do suspeito”, finaliza.

 

Com Agência de Notícias do Estado do Paraná

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