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Sêmen encontrado em corpo de Tayná não é de presos

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O sêmen encontrado no corpo da adolescente Tayná Adriane da Silva, de 14 anos, morta no dia 25 de junho em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), depois de um suposto estupro, não é dos quatro suspeitos presos, apontados como autores do crime. 

A informação foi confirmada na manhã desta terça-feira (09) pela Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná (Sesp), após a conclusão do laudo da Polícia Científica, que fez exame de DNA. 

Segundo a assessoria de imprensa da Sesp, os órgãos envolvidos nas investigações sobre o caso participam de uma reunião na manhã de hoje, na sede do Instituto Médico Legal (IML) da capital, para definir uma nova linha de atuação. Como o inquérito já foi entregue ao Ministério Público (MP-PR) e ao Poder Judiciário, na última sexta-feira (05), porém, caberia agora ao promotor solicitar mais informações sobre o que aconteceu. 

Desde o início das apurações, há contradições nas versões apontadas pela polícia. O delegado Fábio Amaro, titular da Delegacia de Pinhais, que está respondendo pela Delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, afirmou que Adriano Batista, 23, Sérgio Amorin da Silva Filho, 22, e Paulo Henrique Camargo Cunha, 25, mataram a menina depois de terem mantido relações sexuais à força com ela.

Ezequiel Batista, 22, irmão de Adriano, também foi detido e indiciado por ter acompanhado o que ocorreu e nada ter feito para evitar. Os quatro são funcionários de um parque de diversões, por onde a garota passava diariamente, entre 17 horas e 17h30, e voltava entre 20h30 e 21 horas. 

O crime

 O corpo de Tayná Adriane da Silva foi encontrado no dia 28 de junho em um matagal na Rua Márcio Cardoso, em Colombo, após quase 15 horas de busca. A adolescente estava sumida desde a noite da terça-feira anterior (25), quando saiu de casa para se encontrar com uma amiga. Por volta das 20h30, ela enviou mensagem ao celular da mãe avisando que voltaria logo, mas acabou não aparecendo. A família registrou boletim de ocorrência no mesmo dia. 

Segundo Amaro, os acusados sabiam do trajeto que a menina percorria e arquitetaram o plano para violentá-la. “Ela foi morta por asfixia mecânica. Quando isso acontece, o corpo dá alguns sinais, num deles surgiu um bolo fecal, onde foi comprovada a presença de sêmen”, contou, ao entregar o inquérito. 

O delegado afirmou ainda que, após o primeiro depoimento, e antes do corpo ser encontrado, os suspeitos prestaram outro, bem mais detalhado, e que essas informações, se compradas com os resultados de exames técnicos existentes, não colocavam dúvidas de que foram eles os responsáveis pelo crime. 

Entretanto, ainda no início das investigações, a perita Jussara Joeckel teria dito que a menina não foi estuprada. Isso porque, de acordo com ela, o corpo da garota não apresentava sinais de estupro ou luta corporal. 

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