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Policial Caso Gelmir Paula dos Santos

Tentativa de homicídio seguida de suicídio teria sido premeditada

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Foto: O Presente

O Presente

Um crime de tentativa de homicídio seguido de suicídio, que chocou a população de Marechal Cândido Rondon na noite da última terça-feira (10), começou a ter algumas das possíveis motivações reveladas ao passo que foi instaurado inquérito para investigar o caso.

O sargento da reserva da Polícia Militar, Gelmir Paula dos Santos, atirou contra sua ex-mulher, Cristina Terezinha Scherner, de 36 anos, usando uma pistola 9 milímetros e, na sequência, cometeu suicídio, disparando um tiro contra o próprio peito.

Logo de início, o crime foi tratado como passional, uma vez que Cristina possuía medida protetiva devido a supostas ameaças do ex-companheiro.

A hipótese ganhou ainda mais força quando foi encontrada, junto às roupas de Gelmir, uma carta de seis páginas, na qual o sargento da reserva revelou detalhes sobre seu relacionamento com Cristina. A carta reforça ainda mais a probabilidade de o crime ter sido premeditado.

Segundo o delegado de Polícia Civil, Diego Valim, o conteúdo da carta revela a vida conturbada do casal. Os textos citam fatos que envolveram situações de agressão e outros desentendimentos. Em um dos trechos, Gelmir diz que “não conseguia mais viver com os sentimentos pelos quais estava passando”. Mais detalhes não foram repassados como forma de manter o sigilo e a integridade dos envolvidos.

Conforme Valim, junto com a carta também estava um termo de retratação assinado por Cristina, por conta de uma denúncia registrada contra Gelmir.

O caso

De acordo com testemunhas, a ex-mulher do sargento da reserva trafegava de motocicleta na Rua Pernambuco para ir à aula em um curso técnico, quando acabou sendo fechada por um veículo conduzido por Gelmir, nas proximidades da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Ele atirou contra ela e depois cometeu suicídio.

A arma usada no crime, segundo a PM, não era de posse e porte de Gelmir, já que ele estaria impedido, por decisão judicial, de portar arma de fogo. Além disso, ao que tudo indica, o carro utilizado pelo rondonense na noite dos fatos teria sido alugado.

Gelmir trabalhou até 2015 na Rádio Patrulha Auto (RPA) da 2ª Companhia da Polícia Militar de Marechal Rondon e ao longo desse tempo também desenvolveu outras atividades, inclusive em municípios vizinhos, como Mercedes. Após entrar para a reserva da PM, Gelmir foi eleito conselheiro tutelar em Marechal Rondon.

Estado de saúde da vítima é delicado

Cristina foi atingida por quatro tiros na região do tórax e foi submetida a duas cirurgias. Ainda internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Rondon, a rondonense aguarda vaga na Central de Leitos para ser transferida a outra unidade hospitalar da região.

De acordo com informações de amigos e familiares, Cristina reagiu bem aos procedimentos cirúrgicos e já está consciente. Apesar disso, seu quadro clínico ainda inspira cuidados.

Mobilização

Amigos e familiares de Cristina estão se mobilizando para conseguir doadores de sangue para repor o estoque, haja vista que a rondonense teve uma perda grande em decorrência dos ferimentos.

O Banco de Sangue do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), de Toledo, necessita de ao menos 20 doadores. Quem tiver interesse em colaborar, pode entrar em contato com a Associação Sangue Bom nos dias 16, 24 e 25 desse mês.

Além disso, uma rifa está sendo viabilizada como forma de ajudar no custeio das despesas médicas de Cristina.

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