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TJ nega pedido para soltar policiais acusados de matar carroceiro

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O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) negou o pedido da defesa para soltar os quatro policiais militares acusados de matar um carroceiro em março de 2016 em Londrina. A decisão do desembargador Macedo Pacheco é liminar, e o julgamento definitivo do habeas corpus ainda não tem data para ser realizado.

Os militares voltaram a ser presos na última terça-feira (27), a pedido da Promotoria de Justiça do Júri de Londrina, para proteger uma testemunha menor de 18 anos que relatou ter presenciado o crime e estaria sendo ameaçada.

Existe a suspeita de que os policiais tenham relação com a série de assassinatos que ficou conhecida como "noite sangrenta". Doze pessoas morreram e outras 14 ficaram feridasNo habeas corpus, a defesa alegou que a nova prisão dos policiais não tem fundamentos concretos no que se refere ao risco à ordem pública e é desnecessária para a instrução criminal.

“Em sede de cognição sumária não vislumbro a presença de constrangimento ilegal a ser reconhecido de plano, motivo pelo qual indefiro a liminar pleiteada”, diz a decisão do desembargador. Em nota, a defesa dos policiais disse que confia que no julgamento do mérito. “O Tribunal de Justiça concederá o habeas corpus restabelecendo a justiça e a honra desses 4 policiais militares”, informa.

 

Prisão anterior

Em julho de 2016, a juíza da 1ª Vara Criminal de Londrina Elisabeth Khater já havia decretado a prisão preventiva dos quatro policiais militares e de um publicitário.

Os cinco foram denunciados pelo homicídio do carroceiro. De acordo com a promotoria, a vítima teria sido assassinada com tiros na cabeça e no tórax. O homem era suspeito de cometer furtos nas imediações de um condomínio na zona rural de Londrina, e teria sido flagrado pelos acusados conduzindo uma carroça, na companhia da testemunha, com objetos furtados.

A morte foi registrada pelos policiais envolvidos como confronto após troca de tiros, mas, segundo as investigações, há fortes indícios de que houve um homicídio seguido de adulteração do local do crime. Por isso, os policiais também foram denunciados por fraude processual.

Após decisão da 1ª Câmara do Tribunal de Justiça, de 04 de agosto do ano passado, eles foram soltos.

Relação com a 'noite sangrenta'.

Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MP-PR), os quatro policiais mataram o carroceiro, que passava na antiga Estrada Velha da Warta, um distrito de Londrina, sem motivo. O crime aconteceu em 12 de março de 2016, por volta das 13 horas.

Após o assassinato, os quatro pediram para um PM e para o publicitário levarem uma arma até o local do crime. A ligação foi gravada com autorização da Justiça e apresentada pela Polícia Civil como uma das pistas que liga os policiais à série de mortes.

Ao longo das investigações, a polícia ainda descobriu um arsenal de armas e munição de uso restrito na casa do publicitário, ainda segundo o MP-PR.

Conforme a denúncia da promotoria, após a realização de confrontos balísticos se descobriu que a arma encontrada no local do crime, ao lado da vítima, foi a mesma utilizada em uma série de homicídios registrados em janeiro do ano passado, episódio que ficou conhecido como "noite sangrenta".

 

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