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Política

Após impasse, reunião entre governo e servidores públicos é adiada

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A nova rodada de negociações entre o governo do Estado e representantes dos servidores, prevista para hoje, foi adiada. O adiamento foi decidido pelo secretário chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni (PSDB), que rejeitou a participação de representantes sindicais dos professores das universidades estaduais que permanecem em greve. Rossoni alegou que o governo não negocia com categorias em greve e remarcou o encontro para a próxima segunda-feira.

A reunião de hoje foi marcada depois que na segunda-feira, professores e funcionários de escolas estaduais decidiram, em assembleia em Curitiba, encerrar a greve iniciada no dia 17 de outubro. Na ocasião, a categoria resolveu aceitar a proposta do governo de retirada de pauta da Assembleia Legislativa da emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias que suspendia por tempo indeterminado do pagamento do reajuste salarial do funcionalismo previsto para janeiro de 2017. Na terça-feira, o governo cumpriu o acordo, pedindo a retirada de pauta da emenda.

Professores e funcionários de parte das universidades, porém, seguem em greve, e representantes deles que integram o Fórum da Entidades Sindicais (FES) dos servidores públicos participariam do grupo que se reuniria com Rossoni hoje, o que o chefe da Casa Civil não aceitou. A alegação é de que a negociação só foi reaberta com a condição de que as categorias paralisadas voltassem ao trabalho.

O Executivo alega não ter como pagar o reajuste e as promoções e progressões em atraso, que juntas, somariam R$ 3,5 bilhões. O governo propôs então a suspensão do reajuste até o pagamento das promoções, que custariam R$ 1,4 bilhão, e até que houvesse disponibilidade financeira. A alegação é de que o Estado não tem dinheiro para quitar os dois compromissos por causa da queda nas receitas provocada pela crise econômica que atinge o País.

Os servidores não aceitam a suspensão da reposição salarial. O Executivo, então, passou a admitir usar os R$ 1,4 bilhões reservados para as promoções para pagar o reajuste. Os dois lados tem admitido, também, o parcelamento da reposição.

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