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Política

Cunha vê PMDB fora da aliança com PT em 2018

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No momento de maior tensão na relação do PMDB com o governo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou ontem (09) que é pouco provável a manutenção da aliança com o PT nas eleições presidenciais de 2018. Dificilmente o PMDB vai marchar em 2018 com a mesma aliança em que está hoje. Está chegando o momento em que as divergências são maiores que as convergências, destacou, em entrevista coletiva no Rio de Janeiro após participar de um almoço com empresários promovido pela Associação Comercial.

Cunha voltou a acusar o governo de interferência na elaboração da lista enviada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) com pedidos de abertura de inquérito para investigar a participação de políticos no esquema de corrupção da Petrobras. Cunha é um dos 34 parlamentares investigados na Operação Lava Jato.

Não estou satisfeito com a interferência do governo. Quem tem que combater a corrupção é o governo. A corrupção é do governo e da Petrobras, disse, acrescentado que há uma tentativa de dividir o ônus de uma crise do governo.

Para o presidente da Câmara, o comportamento do governo nos pedidos de investigação compromete confiabilidade. O deputado também voltou a criticar a lista elaborada pelo procurador-geral da República. A petição do Janot é uma piada. O procurador escolheu a quem investigar. Houve incoerência, com dois pesos e duas medidas, avaliou.

Cunha comentou ainda o panelaço e as manifestações contra a presidenta Dilma Rousseff, que ocorreram no domingo (08) à noite durante o pronunciamento oficial em defesa do ajuste fiscal. O deputado rejeitou a tese de que o movimento foi orquestrado pela oposição e considerou um sinal de alerta da insatisfação de parcela da sociedade.

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