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Política Processo

Eduardo Cunha é interrogado por Moro em processo sobre propina em contratos de navios-sonda

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Eduardo Cunha reclamou do transporte utilizado para levá-lo às audiências da Operação Lava Jato (Foto: Reprodução/TV Globo)

O ex-deputado Eduardo Cunha foi interrogado na quarta-feira (31) pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na 1ª instância. O processo apura suspeita de que ele tenha recebido propina de US$ 5 milhões em contratos de construção de navios-sonda da Petrobras.

Cunha foi interrogado por cerca de duas horas. Segundo o advogado, ele negou todas as acusações.

O interrogatório presencial estava marcado para ocorrer em 3 de outubro. A data foi remarcada depois de um pedido da defesa de Cunha, que alegou que o depoimento poderia interferir na campanha da filha dele, Danielle Cunha, candidata a deputada federal pelo MDB do Rio de Janeiro.

Danielle não se elegeu.

Eduardo Cunha está preso no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele é réu no processo pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

A ex-deputada e ex-prefeita de Rio Bonito (RJ) Solange Pereira de Almeida também é acusada pelo Ministério Público Federal (MPF) de fazer parte do esquema de vantagens indevidas.

Solange também foi interrogada por Moro, e se manteve em silêncio.

 

Transporte

Para o interrogatório, Cunha será levado do Complexo Médico-Penal, em Pinhais, para a sede da Justiça Federal, em Curitiba, na parte traseira de um dos carros da Polícia Federal. As condições de transporte foram alvo de reclamações por parte da defesa de Cunha.

Moro respondeu às reclamações informando que fez uma inspeção no carro e que o veículo “está longe de causar sofrimento”.

 

Propina

No processo, o MPF afirma que o ex-deputado solicitou para ele mesmo e para outros envolvidos no esquema – entre 14 de junho de 2006 e outubro de 2012 – cerca de US$ 15 milhões pela contratação dos navios-sonda Petrobras 10.000 e Vitória 10.000.

A denúncia diz ainda que Cunha contou com a participação da então deputada Solange de Almeida, que era responsável por pressionar o pagamento das propinas por meio de dois requerimentos a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados (CFFC).

 

Com G1

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