Política Mudança partidária
Elio Rusch avalia possível fusão entre Democratas e PSL
Vieram à tona, nesta semana, notícias da negociação entre Democratas e PSL sobre a fusão entre as duas siglas. O anúncio oficial pode ocorrer ainda neste mês. A coalizão das duas legendas, que estaria em fase final, pode resultar no maior partido do país, com mais de 80 parlamentares.
FIM DAS COLIGAÇÕES
Para o deputado estadual Elio Rusch (DEM), embora haja lideranças contra e favoráveis à fusão, é preciso observar o contexto geral, especialmente se o Senado vai manter ou não a decisão da Câmara dos Deputados, que votou pela volta das coligações nas proporcionais.
“Se as coligações continuarem proibidas, e acho que é o que deve acontecer, são diversos partidos que devem procurar fazer fusões, porque são mais de 30 siglas no Brasil e que tornam qualquer coisa ingovernável. Tem que reduzir o número de partidos”, afirma.
SEM FECHAR AS PORTAS
Embora a notícia que surgiu aponta apenas para a fusão de Democratas e PSL, Rusch acredita que outras legendas também avaliam o assunto. “Imagino que deve se conversar com este e outros partidos a mais para que possa haver uma sigla mais forte e que viabilize ter candidatos nos Estados, tanto para deputado estadual como para federal. Neste momento não se pode fechar as portas”, declara.
No entanto, a fusão precisa ocorrer com legendas que são ideologicamente semelhantes, defende o deputado. “Não dá pra fazer a fusão do Democratas com partidos da esquerda. Seria o fim. Procurar partidos do centro para a direita não vejo problema nenhum”, argumenta. “Nunca vai haver uma unanimidade, mas deve se pensar na sobrevivência dos partidos”, emenda.
FUTURO EM RISCO
O parlamentar aponta, inclusive, que se as coligações continuarem proibidas e não houver a fusão com o PSL, o Democratas do Paraná se torna uma incógnita. “Não sei o que o Democratas vai fazer, com toda honestidade. Se quem é candidato vai permanecer no Democratas ou se procura outra legenda”, revela.
CANDIDATURA DESCARTADA?
Perguntado se a fusão entre as duas legendas pode fazer reavaliar a possibilidade de ser candidato ano que vem, Elio Rusch é enfático: “O futuro a Deus pertence. Não posso dizer 100% que não serei candidato, mas muito difícil ser. Não impossível, mas muito difícil”, conclui.
Maria Cristina Kunzler/O Presente