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Em nota, Joaquim Levy lamenta interpretação a frase sobre Dilma

Publicado

em

Agência Brasil

Levy disse que ministros têm humildade de reconhecer que nem todas medidas tomadas têm a efetividade esperada

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, lamentou, por meio de nota enviada à imprensa na noite de ontem (28), a interpretação dada a uma de suas frases em uma conferência. A fala do ministro ocorreu em uma palestra em São Paulo, na terça-feira (24), a ex-alunos e professores da Universidade de Chicago. Em inglês, ele disse que a presidente Dilma Rousseff é bem intencionada, mas nem sempre age de forma efetiva. O jornal Folha de S. Paulo publicou fragmentos da fala e do áudio de Levy em reportagem em seu site.

“Acho que há um desejo genuíno da presidente de acertar as coisas, às vezes não da maneira mais fácil, mas… Não da mais efetiva, mas há um desejo genuíno”, disse, segundo o jornal, para o público formado essencialmente por estudantes da universidade americana em que se graduou.

No comunicado à imprensa, o ministro fez questão de sublinhar alguns “elementos” de sua fala: “aqueles que têm a honra de encontrarem-se ministros sabem que a orientação política do governo é genuína, reconhecem que o cumprimento de seus deveres exigem ações difíceis, inclusive da Exma Sra. Presidente, Dilma Rousseff, e eles têm a humildade de reconhecer que nem todas as medidas tomadas têm a efetividade esperada”.

Ao final, Levy fez questão de enfatizar que esta não se tratava de uma nota oficial, mas uma “manifestação pessoal do ministro” depois de uma matéria que comenta a fala “em uma conversa informal” com membros do setor financeiro. No encontro, ainda de acordo com a nota, o objetivo foi o de transmitir os pontos principais do ajuste econômico perante a evolução da economia global e da exigência de crescimento do Brasil, “e a importância de executá-la rapidamente”.

Esta não é a primeira vez que o ministro acaba atingindo os brios do Palácio do Planalto. Há um mês, ele fez a avaliação de que a desoneração da folha de pagamentos, revista pelo governo, não foi uma medida para proteger ou criar empregos, como declarava o governo. Para Levy, foi uma medida “grosseira”. No dia seguinte, a presidente Dilma Rousseff disse que o titular da Fazenda foi “infeliz” quando usou a expressão.

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