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“Estarei à disposição dos municípios”, diz Elio Rusch após assumir 8º mandato

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Após prestar o juramento, deputado Elio Rusch disse que vai dar continuidade aos pleitos que vinha representando na legislatura passada e ao longo de sua atividade parlamentar (Foto: Alep)

 

O ex-deputado Elio Rusch (DEM) assumiu na segunda-feira (15), em ato realizado durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa, a vaga aberta com a licença-maternidade da deputada Maria Victória (PP), cuja filha, Maria Antonia, nasceu na última sexta-feira (12). Esta é a primeira vez em que um parlamentar se afasta com base na Emenda Constitucional nº 42, de 12 de dezembro de 2018, que prevê licença aos deputados em razão do nascimento de filho ou adoção.

No caso das mulheres, o dispositivo concede até 180 dias consecutivos de afastamento. E para os pais concede oito dias consecutivos, conforme as regras já adotadas para os servidores públicos.

Rusch é parlamentar experiente e soma 40 anos de vida pública. Desempenhou durante 14 anos o mandato de vereador na Câmara de Marechal Cândido Rondon e sete mandatos sucessivos no Legislativo estadual (28 anos). Nas eleições de 2018, ficou na primeira suplência de sua coligação, sendo convocado agora a retomar a função.

Um de seus principais projetos foi o que resultou na criação do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) em 1998, cuja implementação se deu em 2012, com sede em Marechal Rondon. Na Assembleia Legislativa ocupou várias posições de destaque e participou de diversas comissões. Presidiu a Comissão de Finanças e de Tomada de Contas, foi vice-presidente da Casa e relator por sete anos da Comissão de Orçamento. Foi líder da bancada do DEM no Legislativo, foi secretário-geral do partido e presidente do diretório estadual entre 2011 e 2015. Como linha de atuação, escolheu a defesa da livre iniciativa, da parceria público-privada e o direito à propriedade, além de ser um porta-voz das causas municipalistas.

Logo após prestar o juramento, o deputado disse que, ao longo dos seis meses de atuação que o aguardam, vai dar continuidade aos pleitos que vinha representando na legislatura passada e ao longo de sua atividade parlamentar, com especial atenção para os problemas que afligem os municípios. “Vamos trabalhar, nesse curto espaço de tempo, sempre mirando o desenvolvimento econômico e social do Paraná, beneficiando sobremaneira a sociedade e não determinados grupos”, afirmou.

 

Entrevista ao O Presente

Em entrevista ao Jornal O Presente, Rusch declarou que pretende resgatar nos seis meses alguns projetos e obras que tinham sido encaminhados quando ainda era parlamentar. No entanto, admitiu que o tempo é curto. “As pessoas sabem que não se pode fazer muita coisa em seis meses. Precisamos levar em consideração que não podemos pensar em grandes projetos agora, mas os que estão encaminhados, prestes a serem encaminhados ou dar encaminhamento futuro, estarei à disposição dos municípios onde tenho minha representação”, acrescenta.

 

Medidas impopulares

O deputado relembra que o Oeste do Paraná perdeu muitos representantes na eleição de 2018, mas que é preciso respeitar a vontade do eleitor. “O eleitor assim o quis. Infelizmente o Oeste não reelegeu seis deputados estaduais, mas agora, nesse pequeno período que estarei na Assembleia, aquilo que eu puder contribuir vou fazer em favor dos municípios. Temos que fazer com que o Paraná continue resgatando sua credibilidade como Estado para sair diante desta crise. Medidas impopulares precisam ser tomadas. O Paraná é um dos Estados que se encontra em melhor situação econômica do Brasil, mas em razão do ajuste que fizemos no passado. Ajustes precisam ser feitos, senão daqui cinco a seis anos os Estados não conseguem mais pagar folha de pagamento. O Paraná, se não tomar algumas medidas, poderá amanhã ser um Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais”, alerta.

 

Relação com o governo

Questionado como deve ser sua postura diante do Governo do Estado, Rusch comenta que ao longo das quatro décadas de vida pública manteve a mesma linha política. “Sou amigo do governador Ratinho (Junior, PSD). Tenho conversado com ele e nada impede que possamos fazer um belo trabalho em favor da região. Não fui opositor ao governador. Eu tinha uma coligação que estava com a Cida Borghetti (PP), que não se elegeu, mas pela minha coerência estive com ela. Na Assembleia temos a bancada de situação, oposição e um grupo independente. Eu quero o bem do Estado. Tudo o que o governador precisar do apoio do Elio Rusch terá para que o Estado possa se desenvolver”, conclui.

 

O Presente com Alep

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