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“Itaipu pode ser a alavanca para o desenvolvimento do Estado”, diz Ratinho Júnior

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A entrevista foi concedida antes da reunião do Conselho do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PR), ontem (10) (Foto: Divulgação)

Na segunda-feira (10), momentos antes da reunião do Conselho do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PR), em Curitiba, o futuro governador do Paraná, Ratinho Júnior, falou em uma breve entrevista sobre a intenção de contar com a Itaipu Binacional como a interlocutora de uma grande aliança em favor de projetos importantes para o Estado, e médio e longo prazos.

 

Confira a entrevista 

O estreitamento das relações entre Itaipu, Estado do Paraná e federações empresariais tende a aumentar pelos próximos quatro anos?

Ratinho Júnior (RJ): O novo modelo de governo que pretendemos implantar no Paraná a partir de 2019 se baseia em trazer todo o setor produtivo do nosso Estado, seja ele público ou privado, e a sociedade civil organizada para participar das decisões e, juntos, buscarmos as soluções para os nossos problemas. A Itaipu, nesse sentido, tem uma função importantíssima para o desenvolvimento econômico e social do Paraná e pode ser a alavanca para o desenvolvimento do estado. Então, como governador, quero ter um bom relacionamento com a Itaipu pensando em questões macro de desenvolvimento do Paraná e também de infraestrutura, porque o Brasil, de um modo geral, e isso não é um problema só do Paraná, não conseguiu fazer um planejamento a médio e longo prazos, especialmente na área de infraestrutura. A ideia é que a gente possa, junto com a Itaipu e o G7, aliados ao governo do Estado, discutir infraestrutura, pensarmos juntos e buscarmos soluções.

 

Nesse contexto, a Itaipu pode ser o elo nas relações de desenvolvimento entre o Paraná e Paraguai?

RJ: Sem dúvida nenhuma. Acredito que, como o Paraná e o Paraguai têm uma relação de fronteira, uma relação de irmãos, temos que estar periodicamente conversando com as autoridades do Paraguai, quem sabe até fazendo uma ponte entre o governo federal brasileiro e paraguaio. Temos alguns projetos que, inclusive, apresentei para o presidente eleito Jair Bolsonaro, que a partir de janeiro estará na ativa. É a intenção de que a gente possa caminhar junto como Paraguai, sendo a Itaipu o nosso elo de ligação, na área de infraestrutura, atendendo a América Latina, ligando o Porto de Paranaguá ao Porto de Antofagasta, no Chile, criando “um novo Canal do Panamá”, o que seria um ganho logístico maravilhoso para o continente. A Itaipu pode ser essa ferramenta estratégica e até indutiva na elaboração do projeto, para a gente poder, aí sim, trazer investidores do mundo todo para colaborar com essa obra, que seria talvez a mais importante da América Latina.

 

Como o senhor vê, hoje, essa conversa com o diretor-geral paraguaio de Itaipu, que é um interlocutor importante com o presidente daquele país?

RJ: Vamos aproveitar hoje a presença do diretor-geral brasileiro, Marcos Stamm, juntamente com o diretor-geral paraguaio, José Alderete Rodríguez, para justamente avançar nesta proposta, na viabilidade disso. Acho que há um total interesse, tanto do Brasil quando do Paraguai, em poder construir esse projeto. Abriria um ramal para o Paraguai exportar para a Ásia pelo Pacífico, da mesma forma que haveria a facilidade de Chile, Argentina e o próprio Paraguai exportarem para a Europa, fazendo esse encaminhamento pelo Porto de Paranaguá. Eu espero que isso possa avançar nos próximos dias.”

 

Demonstraria uma aproximação maior entre Paraná, Paraguai e o G7?

Ratinho Junior (RJ): Seriam os dois países líderes nesse processo de uma nova logística de integração do Paraná com a América Latina.

 

Com Boca Maldita 

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