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Na Câmara, Serraglio fala sobre Aécio e as pressões no Ministério da Justiça

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Deputado federal Osmar Serraglio: "Pressões instabilizaram minha permanência no Ministério da Justiça (Foto: Divulgação)

Na terça-feira (17), enquanto a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidia se Aécio Neves seria ou não réu da denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República (PGR) nos crimes de corrupção passiva e obstrução de justiça, o deputado federal Osmar Serraglio fazia um pronunciamento no Grande Expediente da Câmara dos Deputados em comemoração aos 12 anos dos trabalhos da CPMI dos Correios, que investigou Mensalão, da qual ele foi relator, e que culminou com a condenação de mais de Duas Dezenas de denunciados. (Empresários, Banqueiros, Ministros, Políticos, dentre outros).
Serraglio iniciou seu pronunciamento dizendo que, naquele exato momento, estava sendo julgado no Supremo Tribunal Federal quem que já foi candidato a presidente da República e que foi colhido em ligação telefônica com o acusado Joesley Batista, em que demonstravam revolta com sua conduta, quando ministro da Justiça, por se recusar a ceder a pressões objetivando a indicação de delegado da Polícia Federal de preferência dos investigados, para investigar suas próprias ações delituosas.
Serraglio lembrou também que “pressões semelhantes advieram do senador Renan Calheiros, ex-presidente do Congresso Nacional, multi-investigado pela Polícia Federal. Por aí já se descortinam algumas das razões de alto nível político-partidário que instabilizaram minha permanência na pasta”, disse Serraglio.

A 1ª Turma do STF aceitou a denúncia apresentada pela PGR contra o Senador Aécio Neves. A denúncia contra Aécio teve como base a delação de executivos da J&F, divulgada em 2017, na qual Aécio foi flagrado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista. Nas gravações, Aécio afirma que o dinheiro seria usado para pagar despesas com advogados.
Também em gravações telefônicas, o senador acusava Osmar Serraglio, então ministro da Justiça, de não indicar delegados que agradassem aos investigados, um dos motivos que levaram à queda do ministro (não atender aos interesses dos poderosos que queriam se safar dos seus feitos delituosos).
Entre as testemunhas arroladas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na denúncia contra o senador Aécio Neves, estão o delegado Leandro Daiello, ex-diretor da Polícia Federal, e o deputado Osmar Serraglio, que foi ministro da Justiça.

 

Com assessoria

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