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Nova disputa põe em risco projeto de reajuste do funcionalismo

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Pedro Oliveira/Alep

Presidente da Assembleia, Ademar Traiano, quer votar logo o projeto: Querem que a gente deixe em stand by e vote daqui a três meses

Uma nova disputa entre governistas e oposicionistas pode adiar a votação do projeto que acabou pondo fim à greve dos professores da rede pública. Os oposicionistas passaram a dizer que não vão votar favoravelmente ao projeto. Entre os governistas, isso causou irritação: os deputados aliados do governo não querem votar o projeto e ficar novamente com a pecha de inimigos da educação.

Ontem (10) o projeto foi votado em primeiro turno depois de ter se chegado a uma conclusão de que, como se tratava apenas da votação da constitucionalidade, não haveria problemas. A constitucionalidade foi aprovada por 30 a 16.

Preocupada com a situação, a bancada do PSC, que tem 12 deputados e é a maior da Casa, apresentou um requerimento pedindo o adiamento da votação do projeto por uma sessão. Mas o presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB), é contra e quer votar logo. Professores reclamaram das galerias e ele disse que se trata de gente que não quer voltar às aulas. Querem que a gente deixe em stand by e vote daqui a três meses, falou.

O líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), foi mais longe e declarou que há oposicionistas que não honram as calças que vestem, porque tinham se comprometido a votar o projeto. Não adianta falar uma coisa na negociação e outra na tribuna, disparou, visivelmente irritado.

O líder da oposição, Tadeu Veneri (PT), rebateu dizendo que os governistas não podem esperar apoio da oposição. Disse que se o governo for esperar que tenha unanimidade, não se vota nada. Quem tem que dar sustentação ao governo são os deputados governistas, que têm o ônus e o bônus de ser governo, respondeu.

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