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Política Prejuízos na sede e no interior

“O caos é grande”: vereadores rondonenses intensificam críticas à Copel pelas quedas de energia

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Subestação da Copel em Marechal Cândido Rondon (Fotos: Cristiano Viteck)

As frequentes interrupções no fornecimento de energia elétrica por parte da Copel, que ocorrem há bastante tempo e que se intensificaram nos últimos meses, dominaram os debates na sessão de ontem (18) do Poder Legislativo de Marechal Cândido Rondon. Isso porque, além dos transtornos, as falhas têm causado prejuízos financeiros às famílias na cidade e, principalmente, no campo.

Conforme anunciou o vereador Carlinhos Silva, na última semana em uma propriedade rural na Linha Baitaca, 25 mil frangos que estavam prontos para serem encaminhados para o abate, morreram em decorrência de queda de energia necessária para o funcionamento do aviário.

Já o vereador Cristiano Metzner (Suko) disse ter recebido informações de que, somente neste final de semana, funcionários da Copel no município atenderam mais de 100 chamadas da população. O motivo: problemas no fornecimento de energia elétrica.

“O caos é grande”, desabafou Suko.

O vereador Dorivaldo Kist (Neco), relatou que as falhas também têm afetado a região do distrito de Porto Mendes.

O debate amplo sobre o problema na sessão desta segunda-feira (18) foi motivado por requerimento do vereador Cleiton Freitag (Gordinho do Suco), que cobrou explicações da Copel sobre o corte no fornecimento de energia no bairro Boa Vista.

“A gente sabe que a Copel foi vendida e que o serviço está cada vez pior. Temos cobrado muito a Copel, mas não adianta. A situação se repete em outros municípios. Quem vai arcar com os prejuízos?”, questionou Gordinho do Suco.

Embora seja defensor da privatização da Copel, o vereador João Eduardo dos Santos (Juca) afirmou que a concessionária que agora presta o serviço público tem a obrigação de resolver a situação.

O vereador Arion Nasihgil, disse que tem recebido reclamações diárias da população e que, uma das consequências diretas da falta de energia elétrica, é a interrupção do fornecimento de água, como ocorreu no último final de semana em diversas regiões da cidade.

O que fazer para mudar essa realidade? Este foi o questionamento apresentado pelo vereador Dionir Briesch (Sargento Dionir).

Segundo ele, nos últimos três anos, a atual legislatura encaminhou diversos ofícios à Copel, mas que não surtiram nenhum efeito prático. “Os papéis são guardados na gaveta e nada acontece”, resumiu.

Uma das sugestões apresentadas pelo Sargento Dionir é a realização de audiência pública envolvendo os Poderes Executivo e Legislativo, a sociedade organizada de Marechal Cândido Rondon e a população em geral, para somar forças e cobrar das autoridades estaduais que ajudem a forçar a Copel a fazer os investimentos necessários para solucionar definitivamente o problema.

Assembleia Legislativa

Ontem, o mesmo tema também teve repercussões na Assembleia Legislativa do Paraná, em Curitiba, onde ocorreu audiência pública que esclareceu que os problemas de falta de energia têm ocorrido em todo o Estado.

Documento resultante deste encontro será enviado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a outros órgãos de controle como Ministério Público Federal, (MPF), Ministério Público Estadual (MP-PR) e para o Tribunal de Contas (TCE-PR), para um levantamento dos investimentos realizados pela Copel para melhoria da qualidade.

“Faremos denúncia à Aneel e notificaremos o MP-PR para intermediar uma reunião com a Copel, porque temos direito a uma resposta”, informou a deputada Luciana Rafagnin, ao lamentar a ausência de representantes da empresa durante a audiência pública.

“É um descaso com os paranaenses e com a Assembleia Legislativa. A ausência da Copel aqui é um sinal do lado que ela está”, reforçou o deputado Arilson Chiorato.

Com assessoria

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