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Política ELEIÇÕES 2018

O triunvirato de Bolsonaro: Flávio, Carlos e Eduardo

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O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), terá o apoio dos filhos políticos em três esferas distintas do Legislativo (Foto: Montagem/Divulgação)

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), terá o apoio dos filhos políticos em três esferas distintas do Legislativo – Senado, Câmara dos Deputados e Câmara de Vereadores. Para o Senado, foi eleito Flávio pelo Rio de Janeiro, de 37 anos; para a Câmara dos Deputados foi reeleito por São Paulo, Eduardo, de 34, e na Câmara de Vereadores da capital fluminense, Carlos, de 35, cumpre seu quinto mandato.

Durante a campanha, Bolsonaro buscou amenizar situações polêmicas e controversas causadas pelos filhos. Carlos, Eduardo e Flávio são bastante atuantes nas redes sociais e aplicativos. Tanto é que logo após o atentado sofrido pelo pai, em setembro em Juiz de Fora, foi Flávio que transmitiu as primeiras informações e imagens via internet.

Às vésperas do segundo turno, um vídeo em que Eduardo aparecia defendendo o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) “por um cabo e um soldado” obrigou Bolsonaro a enviar carta de desculpas ao Supremo, por meio do decano da Corte, ministro Celso de Mello.

Anteriormente, a Procuradoria-Geral da República instaurou uma ação para investigar a denúncia feita pela jornalista Patrícia Lélis, suposta ex-namorada de Eduardo, sobre ameaças de agressão que teria feito a ela por mensagens de celular. O caso está no STF, cujo oficial de Justiça tenta há um mês, sem sucesso, intimar o deputado.

Ex-policial federal, Eduardo atua na chamada bancada da bala, que defende liberar porte de arma para a população, e é porta-voz das corporações policiais. Articulado, foi ele o escolhido para conversar com o guru de Donald Trump em Nova York, Steve Bannon, em 04 de agosto. Neste dia, ele postou uma foto ao lado de Bannon e tuitou em inglês: “Foi um prazer encontrar Steve Bannon, estrategista da campanha presidencial de Donald Trump. Nós tivemos uma ótima conversa e compartilhamos a mesma visão de mundo. Ele me disse que é entusiasta da campanha de Bolsonaro e nós estamos certamente em contato para unir forças, especialmente contra o marxismo cultural (sic).”

No final de setembro, Carlos Bolsonaro postou uma foto em que um homem aparecia com o rosto encoberto por um saco plástico ensaguentado. Ele foi acusado de apologia à tortura. Mas negou, informando que era uma ironia e crítica aos adversários do pai – que haviam divulgado antes a imagem. Há sete anos, o vereador foi alvo de ação do Ministério Público por ter tuitado um texto considerado homofóbico.

 

Plataformas

Como o pai, os filhos defendem bandeiras que vão do planejamento familiar à redução da maioridade penal, combate ostensivo à violência, e valorização de servidores da área de segurança pública. Com a verve afiada, Eduardo, Flávio e Carlos não poupam os adversários. As críticas ao PT e ao candidato Fernando Haddad (PT) foram constantes durante a campanha presidencial. Também atacaram sem trégua a imprensa. A família chegou a ter contas em redes sociais bloqueadas depois do escândalo de compra de impulsionamento a favor do presidenciável no WhatsApp, denunciado pela Folha de S. Paulo.

A presença dos três nas redes sociais foi contínua. Após Adélio Bispo de Oliveira esfaquear Bolsonaro, em 06 de setembro, em Juiz de Fora, Flávio Bolsonaro postou um vídeo em que lamentava o ocorrido e afirmava: “Quem ainda não percebeu contra o que a gente está lutando, acho que hoje foi mais uma prova”. Já Eduardo soltou uma nota em que acusava “setores políticos e midiáticos” pelo atentado. Os três filhos acompanharam Bolsonaro no hospital, revezando-se nos compromissos de campanhas.

 

Com Agência Brasil 

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