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Política Majoritária

Oposição em Pato Bragado apresenta os cinco pré-candidatos a prefeito

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(Foto: Maria Cristina Kunzler/OP)

Com a chegada do mês de agosto, os partidos políticos intensificam as negociações para o período das convenções, que foram postergadas devido à pandemia e serão realizadas a partir do próximo dia 31.

Em Pato Bragado, a oposição escolheu cinco pré-candidatos à majoritária. Todos são filiados ao Podemos e, a partir de agora, uma consulta popular será feita para saber quais são os mais bem avaliados. Essa pesquisa para consumo interno da sigla é que vai nortear a decisão em apontar quem deve ser o futuro candidato a prefeito e o candidato a vice-prefeito.

São pré-candidatos os vereadores Airton Schmitt e Flávio Prigol, o servidor público Irineu Siqueira, o farmacêutico Breno Maineri e o industrial Reinaldo Scherer, que também preside o Podemos.

Em visita ao Jornal O Presente, o dirigente partidário relata que a sigla tem como premissa, levando em consideração a referência nacional, o combate à corrupção, corte de privilégios e defende uma gestão enxuta e eficiente. “Nossa pretensão é fazer uma campanha diferenciada, sair mais da politicagem e fazer uma campanha de gestão, apresentando projetos para o município. Não será um projeto do Podemos, mas para a comunidade. Desenvolvemos este trabalho em cima de números, dados e indicadores. Na grande maioria são os partidos que definem os candidatos. Os cinco se colocaram à disposição do grupo, mas não queremos que o partido decida, mas, sim, a sociedade. A sociedade vai escolher e depois vamos colocar em prática o projeto para Pato Bragado”, reforça Scherer.

Conforme Prigol, o projeto ainda está em fase de elaboração, mas a “espinha dorsal” já foi concluída. “É um projeto participativo e que prima por uma formação técnica para cada secretaria. Neste momento, não estamos pensando politicamente no sentido de já definirmos nomes, pois estes serão escolhidos depois e de forma técnica dentro de cada cargo. Uma equipe enxuta no sentido de pessoas técnicas voltadas para o trabalho para que haja rendimento e uma qualidade no atendimento à população. De nada adianta ter outro grupo político e fazer as mesmas coisas. Um trabalho voltado para atendermos melhor com o investimento menor. Otimizar a administração pública”, diz.

 

AUTOSSUSTENTABILIDADE

Scherer enaltece que Pato Bragado possui deficiência em autossustentabilidade e, na opinião dele, é preciso inovar para sustentar. “Quando falamos em sustentar não é somente o município, mas a sociedade como um todo. Hoje há falta de investimento na geração de emprego e renda. Criamos até duas pirâmides e a base dela é justamente a transformação na questão industrial, seja na agroindústria, novas indústrias, novas empresas, para gerar mais emprego e renda. Isso dá sustentação ao município”, observa. “Para que as empresas consigam se manter no mercado, elas precisam buscar novas tecnologias, automatizar, e dentro do Poder Público observamos essa falta. Queremos mudar essa realidade: simplificar e ser mais eficiente, e realmente ter uma transparência para a sociedade. A sociedade vai poder acompanhar melhor os trabalhos e a evolução do município”, emenda.

Ele ainda compreende que é preciso dar mais voz à Associação Comercial (Acibra), ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Pato Bragado (Codebra) e ao Conselho Agropecuário.

 

CADEIA PRODUTIVA

Contador da prefeitura, Irineu Siqueira expõe que o projeto visa incentivar mais a cadeia produtiva. “Nossa cadeia produtiva está aquém em comparação com outros municípios. Se pegarmos exemplo com Quatro Pontes, lá não tem royalties e nossa cadeia produtiva é menor, assim como é menor que Entre Rios do Oeste e Mercedes. Nosso projeto vem ao encontro do fomento à cadeia produtiva que temos. O acúmulo de renda deve ser da população, e não do município. O nosso projeto contempla exatamente isso. Temos deficiência na geração de emprego e renda. Precisamos fazer com que a população não precise sair do município para trabalhar. É preciso achar um mecanismo para que as pessoas fiquem no município. E o nosso projeto contempla essas ações para focarmos neste sentido”, detalha.

 

RETORNO FUTURO

Na avaliação do vereador Airton, é fácil criar obras que chamem atenção, mas que apenas proporcionam embelezamento. No entanto, ele acredita que o mais importante é promover ações que tragam um retorno futuro. “Precisamos fazer com que as pessoas que hoje estão saindo para outros municípios para trabalhar tenham oportunidade de fazer isso dentro de Pato Bragado. Em termos de infraestrutura e bens primários, somos ricos. O problema é que todo nosso insumo sai primário do município, é transformado em outra cidade e retorna elaborado. Perdemos tudo isso. O nosso pensamento é, em primeiro lugar, fortalecer a arrecadação do nosso município para que, depois, quando estivermos autossustentáveis, que então possamos fazer obras que alegrem nossos olhos ao ver. Mas hoje, se perdermos os royalties, e oxalá não aconteça, simplesmente ficaremos em um município ‘inadministrável’”, enaltece.

 

SAÚDE

Farmacêutico há mais de quatro décadas, Breno Maineri argumenta que o setor de saúde pública tem uma despesa elevada e é preciso otimizar os serviços, levando em conta a prevenção. “Muitos carros andando para cima e para baixo e o atendimento está um pouco precário. Entendemos que a saúde, tanto para criança como para idoso, precisa de mais atenção. Não aquele atendimento quebra-galho, mas preventivo para evitar que as despesas aumentem no município. Se não tem tratamento preventivo não adianta. Há pessoas que estão toda semana no posto de saúde. Um dia vão pra Toledo, outro pra Cascavel, outro dia para Marechal Rondon, Santa Helena. É preciso fazer um trabalho preventivo e Pato Bragado se tornará um município com saúde boa. As consultas agora diminuíram por conta da pandemia, mas o posto de saúde é mais cheio que festa de idosos. Não podemos ver isso. É preciso fazer um trabalho preventivo e não apenas prescrever remédio”, observa, salientando que o posto de saúde deveria ter uma triagem dos pacientes para agilizar o atendimento. “Fazer muito mais com muito menos”, defende o pré-candidato.

 

SEM PARTIDARISMO

Scherer afirma que o Podemos tem como objetivo tirar o poder do partidarismo na gestão pública. Para ele, em alguns momentos a administração fica engessada quando o partido tem mais comando que o prefeito. “Sempre falamos que não somos políticos, mas estamos entrando para ajudar e tentar mudar isso. Hoje contamos apenas com o Podemos e não temos outros partidos aliados. Estamos abertos para partidos e lideranças que queiram vir conosco neste projeto, mas não fazemos o toma lá dá cá, não queremos negociar pessoas que nos apoiam. O projeto não é nosso, mas da sociedade”, aponta.

Para formatar esse projeto, complementa o pré-candidato, houve um estudo dos sistemas que existem em outros municípios e que são possíveis de serem implantados em Pato Bragado. “Hoje a maior geradora de empregos no município é a prefeitura. No nosso entendimento, o Poder Público não gera riqueza, mas despesa para atender as necessidades das pessoas. Quem gera riqueza é a iniciativa privada. Todos estão gerando riquezas para a sustentação do município. Nosso foco é fazer um Poder Público mais enxuto e com mais eficiência, transparência e tecnologias. Queremos que o bragadense que tem condições possa investir no município, e não fora. Essa linha de pensamento é a nossa principal bandeira”, declara, citando ainda a valorização do servidor público. “Não precisamos trazer ninguém de fora, pois contamos com pessoas de alta capacidade dentro do próprio Poder Público. Às vezes os servidores são deixados de lado porque se pensa mais no partido do que na gestão”, frisa.

 

SERIEDADE

De acordo Airton, a população de modo geral clama por seriedade e honestidade na política e, segundo o vereador, é isso que o Podemos quer oferecer na eleição. “Esse tipo de ação estamos oferecendo através da formação deste grupo. O conhecimento, o desejo e também, principalmente, a coragem em fazer isso está neste grupo. Quem acreditar nisso não irá se arrepender, com toda certeza. Estamos oferecendo a essas pessoas a oportunidade de ter tudo isso que tanto clamam. Esse é o nosso maior objetivo: colocar à população uma proposta que seja uma opção viável àquilo que tanto pedem, que é a seriedade e honestidade na política”, garante.

 

DEFINIÇÕES

A definição do pré-candidato a prefeito e a vice deve ocorrer dentro de duas semanas, apontam as lideranças. Em relação à chapa proporcional, Reinaldo Scherer conta que o Podemos já tem nove pré-candidatos e esse número pode aumentar. “Pela primeira vez na existência de Pato Bragado a população terá voz e vez na escolha dos candidatos. Afunilou-se até aqui e estes foram os cinco nomes que se encaixaram numa maneira mais apropriada e, dentro dos cinco, a comunidade vai escolher quem são os dois. Isso será respeitado pelos outros três. Somos um grupo que trabalhará unido com um único objetivo”, informa Airton.

 

CONTRA A REELEIÇÃO

Por fim, Scherer adianta que o Podemos pretende fazer o próximo prefeito e que o partido não defende a reeleição. “Entendemos, como cidadãos, que se a pessoa faz uma boa gestão deve dar a oportunidade para outro. Este outro tem que ser muito melhor. Toda mudança é salutar para a sociedade. Hoje temos um grupo político que está há 12 anos no mesmo sistema e os números nos mostram que o município vem regredindo”, diz.

Siqueira acrescenta dizendo que Pato Bragado necessita de um choque de gestão. “Se não der um choque de gestão o município realmente não vai acordar para a realidade. Estamos preparados para fazer isso”, conclui.

 

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