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Partidos protocolam no STF pedido de suspensão da reforma política

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Deputado Alessandro Molon (PT-RJ)

Um grupo de 61 deputados federais de seis partidos protocolaram hoje (30) um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão da votação da Proposta e Emenda Constitucional 182/2007, a PEC da Reforma Política. O documento ainda não distribuído para nenhum ministro.

O grupo é liderado por 36 parlamentares do PT que acusam o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de ato coator contra as regras da Casa para conseguir aprovar uma emenda aglutinativa no âmbito da PEC para conseguir aprovar o financiamento empresarial a partidos. O documento é assinado por parlamentares de mais cinco partidos: PPS (8 deputados), PSB (6), PCdoB (6), PSOL (4) e PROS (1).

O apoio dessas legendas foi angariado pelo deputado Alessandro Molon (PT-RJ), depois que a bancada rachou e o partido decidiu não subscrever a ação sozinho. Estamos recorrendo ao STF porque não aceitamos esta violação da Constituição cometida pelo presidente da Câmara para liberar a doação de empresas. Não aceitamos essa manobra. Isso é golpe, disse.

O pedido de suspensão da tramitação da PEC é feito para que o STF decida sobre a aprovação da emenda do PRB, recolocando na pauta da votação o financiamento privado.

No Congresso, o tema foi aprovado na última quarta-feira (27), um dia após as doações de empresas terem sido rejeitadas em plenário.

O texto do documento acusa Cunha de promover uma ruptura com os costumes democráticos da Casa ao encerrar a comissão especial que discutia a reforma, por discordar do relatório em confecção. O trabalho de meses era preterido pelo que se poderia apresentar, literalmente, da noite para o dia, registra o mandado de segurança.


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