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Passada eleição, Marcio Rauber começa a projetar futuro governo

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Maria Cristina Kunzler/OP

Prefeito eleito de Marechal Cândido Rondon, Marcio Rauber: Estendi convite ao Ricardo (Leites de Oliveira, arquiteto) para que seja o secretário de Planejamento da gestão Marcio e Ila

 

Quase um mês após as eleições, o prefeito e vice-prefeito eleitos de Marechal Cândido Rondon, Marcio Rauber (DEM) e Ilario Hofstaetter (Ila) (PSB), começam a moldar o futuro governo municipal.

Em novembro inicia efetivamente o processo de transição e, paralelo a isso, os próximos gestores rondonenses, juntamente com o grupo político, já estão avaliando nomes que podem compor a equipe de governo. Um convite já foi feito, segundo revela Rauber em entrevista ao Jornal O Presente.

O prefeito eleito enaltece ainda que a transição deve ocorrer de forma tranquila e que no próximo mês haverá um audiência com o governador Beto Richa (PSDB) para tratar de investimentos para Marechal Rondon. Confira.

O Presente (OP): Passado quase um mês após as eleições, o senhor já começou a fazer tratativas e contatos visando o início do seu governo?

Marcio Rauber (MR): Inúmeras são as tratativas. Primeiramente precisamos falar da transição. Já montamos e anunciamos uma equipe de transição. Houve um primeiro contato em que participei desta conversa com a equipe da atual administração. A partir de agora, com o cronograma que foi montado de reuniões, a equipe que designamos vai fazer todas as tratativas que devem ser feitas junto ao Poder Executivo. Este é o primeiro passo para iniciar o nosso governo. Mas também já contatamos alguns deputados federais e estaduais e para novembro está agendada uma audiência com o governador. Eu, o Ila (Ilario Hofstaetter, vice-prefeito eleito) e os nossos vereadores eleitos vamos nos encontrar com ele para cobrar do governo compromissos assumidos, obras anunciadas que ainda não foram realizadas e algumas cobranças para o futuro em relação a algumas coisas que não estavam previstas, mas que entendemos ser importantes. Vamos dialogar no sentido de que possamos buscar nos últimos dois anos de gestão do governador recursos para que consigamos investir em nosso município.

 

OP: Existem em especial dois investimentos importantes por parte do governo estadual, em que houve sinalização de que seriam realizados e até o momento não saíram do papel. Trata-se da sede própria do BPFron (Batalhão de Polícia de Fronteira) e o Contorno Oeste. O senhor tem conversado com o deputado Elio Rusch (DEM), que é da base do governo, sobre estas obras?

MR: Cobrei e a cada oportunidade que tenho mantenho essa chama acesa, e bem acesa por sinal. Cobro muito dele sobre isso e ele sempre, de forma muito respeitosa e elegante, nos respondeu. Inclusive nesta audiência com o governador estes dois assuntos também devem ser tratados, que são de extrema importância para o município.

 

OP: Dentro das conversas iniciadas já foi possível obter alguma conquista para Marechal Rondon?

MR: Sim. Talvez neste momento o mais importante seria destacar, neste mês de outubro, marcado pelo combate ao câncer de mama, que em contato com o deputado federal Evandro Roman (PSD) ele nos garantiu recurso para que no início do ano seja possível adquirir um mamógrafo para que o exame seja feito em Marechal Cândido Rondon. Portanto, as mulheres rondonenses, a partir do início de 2017, terão a possibilidade de fazer o exame no município. Esta é uma conquista extremamente importante, pois é uma demanda da sociedade e as mulheres clamam por isso. Além disso, em um primeiro contato com um dos diretores do Uopeccan (Hospital do Câncer de Cascavel) já existe um início de conversa e com toda certeza traremos profissionais desta instituição para atender em Marechal Rondon. Profissionais virão ao município para prestar atendimento aos rondonenses que precisam. Tenho informações que no passado a Uopeccan quis atender em Marechal Rondon e não conseguiu, mas a partir de 2017 o município estará de portas abertas.

 

OP: O senhor vai participar do processo de transição, que inicia efetivamente em novembro?

MR: Vou participar na retaguarda. Tenho convicção de que quando se delega poderes tem que confiar nas pessoas a quem delegou estes poderes. Eu montei uma equipe, deleguei poderes e essa equipe de transição que vai fazer as tratativas. Vou participar da análise dos documentos que nos serão repassados pela atual administração municipal junto com a outra equipe que está na retaguarda e vai nos ajudar para que seja possível fazer a melhor análise.

 

OP: Pelo contato inicial que já houve com o prefeito Moacir Froehlich, o senhor acredita que a transição será tranquila?

MR: Tem que ser. Não tem porque ser diferente. Eu sempre tratei o atual prefeito com muito respeito e a recíproca é verdadeira. Critiquei muito a atual

administração no papel de vereador, de fiscalizador, de representante da comunidade, mas sempre fui muito respeitoso. Entendo que de lá para cá o respeito também será realizado. Ou seja, haverá respeito mútuo e não tem porque essa transição não ocorrer de forma natural e harmônica.

 

OP: Alguns dos nomes que compõem a equipe de transição podem estar na futura equipe de governo?

MR: Uma coisa não tem absolutamente nada a ver com outra. Eu montei uma equipe técnica para fazer a transição, formada por um engenheiro, um advogado, um contador e um servidor de carreira do município. Não tenho compromisso com nenhum deles para fazer parte da administração municipal. Isso não quer dizer que eles não vão estar (na futura equipe), mas também não quer dizer que vão estar. São duas situações totalmente distintas. São quatro profissionais extremamente competentes e que se estivessem na administração do nosso município seriam importantes, mas não existe nenhum compromisso com eles e com ninguém. O papel deles neste momento é de colaborar para que consigamos a partir de janeiro ter uma boa ideia daquilo que precisamos comandar no início do ano para que o município seja administrado da forma como os munícipes esperam.

 

OP: O senhor já tem feito alguma articulação em relação à formação da equipe de governo?

MR: Já. Começamos a relacionar nomes e existe conversação interna. Não existe nenhum nome a ser anunciado, não houve nenhum aceite, até porque o número de convites é relativamente pequeno ainda, porque para iniciar os convites é preciso ter mais ou menos alinhavado aquilo que pretende-se da administração. Isso ainda não está pronto e então não tem nenhum nome que já pode ser divulgado como membro da equipe de governo a partir de 2017.

 

OP: É possível adiantar algum nome que já foi convidado?

MR: Tem um nome que se tornou público, que é do arquiteto Ricardo Leites de Oliveira. É um profissional extremamente competente, gabaritado, eficiente e que tem reconhecimento em nível estadual. Estendi convite ao Ricardo para que seja o secretário de Planejamento da gestão Marcio e Ila. Estou no aguardo, pois ele está avaliando o assunto. No entanto, tenho convicção de que vai pensar no município de Marechal Cândido Rondon e vai aceitar este convite.

 

OP: Pelos nomes que estão sendo avaliados para compor a equipe de governo os rondonenses poderão se surpreender?

MR: Podem. O objetivo é montar uma equipe técnica na maioria das secretarias. Queremos pessoas técnicas, competentes e atrás disso que estamos indo. Tenho certeza que algumas pessoas vão se surpreender com a equipe que vamos apresentar para administrar nosso município.

 

OP: Há atualmente, de forma oficial, quatro nomes na disputa para ser presidente da Câmara de Vereadores. O senhor pretende se envolver neste processo?

MR: Não pretendo me envolver desde que os meus oito vereadores eleitos e que formam nosso grupo definam um nome para que seja nosso presidente. Aí não vai haver interferência do prefeito eleito. Caso isso não ocorra e não haja entendimento entre os oito, vamos participar como presidente de partido, prefeito eleito e como membro do grupo para que façamos a melhor escolha e que o presidente seja do nosso grupo político. Desta forma teremos uma administração tranquila.

 

OP: Neste momento o senhor sente que precisará se envolver nesta discussão?

MR: Não sei. Acho que não.

 

OP: O Claudio Köhler é um vereador eleito pelo PP, que faz oposição ao seu grupo, mas já houve alguma conversa no sentido de trazê-lo para sua base de governo?

MR: Não, não houve nenhuma conversa. O Claudinho é um rapaz que se sobressaiu no trabalho, foi candidato a vereador por um partido adversário, sei que muitas pessoas que apoiaram ele são amigos em comum e me apoiaram também. Ele é um rapaz inteligente e vai fazer o que é importante para o município, independentemente de quem é o prefeito, pois esta é a função do vereador. Não tenho dúvida que o Claudinho vai fazer isso. Porém, em nenhum momento conversei com ele para que viesse fazer parte da nossa base na Câmara. Essa conversa nunca existiu.

 

OP: Existe alguma conversa para que mais deputados venham a apoiar seu governo, como é o caso de José Carlos Schiavinato (PP) e Dilceu Sperafico (PP)?

MR: Tudo que vem em favor do município é importante, independente do nome. Já tivemos demonstração que o deputado Elio trouxe recursos do Estado para este governo municipal. O Ademir Bier (PMDB) é deputado e recursos que trouxer serão importantes. Penso que o trabalho de todos os deputados é importante para Marechal Cândido Rondon. Óbvio que tenho afinidade com o deputado Elio e sempre vou buscar guarida nele, mas as portas do município estão abertas para todos os deputados estaduais e federais. Até porque vereadores que farão oposição a partir de 2017 têm outros deputados e também vão buscar o bem do município e emendas parlamentares. Então sempre que um deputado trouxer algo para Marechal Rondon isso será recebido de braços abertos, com muita alegria e sempre respeitando e divulgando o trabalho de cada um deles em favor do município.

 

OP: Início de ano é marcado por eleições para escolha das novas diretorias da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná) e o Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu. O senhor tem pretensão em assumir algum cargo em uma destas entidades?

MR: Não pensei nisso ainda. Dentro destas duas associações existem prefeitos reeleitos, pessoas que já têm experiências nestas entidades e não tivemos contato com nenhum prefeito ainda neste sentido. Por ora não tenho esse desejo. Não descarto, mas não tenho esse desejo, porque preciso cuidar de Marechal Cândido Rondon.

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