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Política Críticas

Paulo Guedes diz que “tem que meter a faca no Sistema S”

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Paulo Guedes, ministro da Economia indicado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)

O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu na segunda-feira (17) o corte de verbas para o Sistema S, grupo que reúne entidades como Senai, Sesi, Senac, Sebrae, entre outros.

Durante almoço com empresários na Finjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), o economista disse que “tem que meter a faca no Sistema S também” ao defender o corte de gastos públicos.

Ao ouvir vaias do públicos após a declaração, Guedes rebateu: “Vocês estão achando que a CUT (Central Única dos Trabalhadores) perde o sindicato, mas aqui fica tudo igual? O almoço é bom desse jeito, ninguém contribui?”.

O futuro ministro da Economia criticou também empresários que esperam proteção do Estado, comparado-os com sindicalistas: “O Brasil é um país rico, virou o paraíso de burocratas, de piratas privados, em vez de ser o país do crescimento econômico”.

 

Cessão onerosa deve atender Estados e municípios

“Vai ter dinheiro para todo mundo no ano que vem com cessão onerosa, se Estados e municípios me ajudarem”, afirmou em relação ao valor a ser recebido caso o leilão de áreas de pré-sal excedentes seja feito no próximo ano.

Em novembro, porém, o economista alertou deixou de apoiar a pauta no Congresso porque o repasse ameaça o cumprimento do teto de gastos em 2019.

Sobre o auxílio da União a Estados e municípios afirmou estar “prontos para ajudar. Acabou o toma lá, da cá. Vamos fazer bonito”, mas condicionou o apoio às reformas que pretende tocar, como a da Previdência.“Se não apoiar vai lá pagar sua folha. Como ajudar quem não está me ajudando? Quero que dinheiro vá para Estados e municípios, mas me dê reforma primeiro”, disse.

 

O que é a cessão onerosa

A cessão onerosa foi um acordo feito entre Petrobras e União em 2010 e permitiu a estatal explorar 5 bilhões de barris de petróleo em 6 blocos na Bacia de Santos no pré-sal sem licitação. Em troca, a empresa antecipou o pagamento de R$ 74,8 bilhões ao governo.

O contrato estipulava uma renegociação dos valores acordados anos mais tarde, para que fossem ajustados pelas oscilações do preço do óleo. Por conta da desvalorização do preço internacional do barril de petróleo no período, há o entendimento de que a empresa é credora na negociação.

Em janeiro, o governo criou uma comissão para revisar o contrato. O grupo incluiu representantes dos ministérios de Minas e Energia, Fazenda e Planejamento e representantes da estatal.

Após meses de negociação, o governo encaminhou um projeto de lei com dispositivos que dão segurança jurídica para o desfecho da negociação. O texto, no entanto, está travado no Senado.

 

Com Poder360

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