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Prefeitos do Oeste buscam saídas para enfrentar redução de receitas

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Presidente da Amop alerta: das 54 prefeituras da região, 42 estão sob sinal de alerta do Tribunal de Contas quanto ao percentual dos gastos com folha de pagamento dos servidores públicos municipais (Foto: Divulgação)

Prefeituras sofrendo com a redução dos valores re01passados pela União e Estados (FPM e Quota Parte do ICMS), principais fontes de receitas da grande maioria dos municípios, e prefeitos ameaçados de sanções caso descumpram o estabelecido em lei. Essa é a realidade exposta pelo presidente da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop) e prefeito de Maripá, Anderson Bento Maria, aos colegas prefeitos, durante a primeira assembleia da atual diretoria da entidade, ocorrida na última sexta-feira (27).

Levantamento feito pela Amop apontou uma realidade alarmante: das 54 prefeituras da região, 42 estão sob sinal de alerta do Tribunal de Contas do Estado (TCE), no tocante ao percentual dos gastos com folha de pagamento dos servidores públicos municipais.

A legislação em vigor determina que nos municípios brasileiros o limite de pagamento a funcionários não deve ultrapassar 60% da Receita Corrente Líquida (RCL), sendo que 54% deste valor é destinado à folha da prefeitura e 6% para a Câmara Municipal. Caso ultrapasse esse limite com salários dos servidores, o gestor público poderá ser penalizado e o município deixar de receber transferências voluntárias da União, o que afetará ainda mais o desenvolvimento dos programas voltados ao cidadão.

Com a redução das receitas, automaticamente o percentual dos gastos com folha aumenta. E muitos dos gastos decorrem de compromissos que seriam de responsabilidade da União ou do Estado, como os consórcios de saúde, os conselhos tutelares e outras ações ou programas.

Sobre esse assunto, a Amop está passando uma série de orientações aos municípios associados, como redução de valores ou eliminação de funções gratificadas, redução de vencimentos e eliminação gradativa de cargos em comissão, suspensão de preenchimentos de cargos dos aprovados em concursos públicos e congelamento de avanços salariais.

 

Marcha a Brasília

A Amop também está ultimando os preparativos para a 21ª Marcha de Prefeitos a Brasília, que ocorrerá de 21 a 24 de maio, oportunidade em que defenderá a eliminação de despesas decorrentes do desenvolvimento de ações criadas pela União ou Estados e que não deveriam ser de responsabilidade das prefeituras, bem como a revisão da Lei de Responsabilidade Fiscal, que com 18 anos já se encontra desatualizada frente à realidade do país.

 

“Colapso financeiro”

Ainda, considera o presidente da Amop, “a diminuição da Receita Corrente Líquida acabará afetando a promoção de ações de melhoria da qualidade de vida da população e, em breve, a situação poderá se agravar, a ponto de inviabilizar a administração diante do risco de um colapso financeiro”, alerta.

E assim, com base nos índices preocupantes da região Oeste e que acenderam o sinal vermelho da Amop, Bento Maria pretende conclamar os governos estadual e federal no sentido de buscar a ampliação dos repasses financeiros às prefeituras e encontrar caminhos, construídos mutuamente, que possam aplacar esses índices sem prejudicar a população e evitando o drama do desemprego.

 

Com assessoria

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