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Política No lançamento da pedra fundamental

Sperafico comemora construção de segunda ponte sobre o Rio Paraná

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Apesar dessas preocupações, segundo Sperafico, é preciso comemorar a obra, pois irá desafogar o fluxo de veículos na Ponte da Amizade (Foto: Divulgação)

O ex-deputado federal e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Dilceu Sperafico, acompanhou pessoalmente a cerimônia de lançamento de pedra fundamental de construção da segunda ponte sobre o Rio Paraná, entre Brasil e Paraguai, realizada no Marco das Três Fronteiras, em Foz do Iguaçu, na última sexta-feira (10).

O evento contou com participação dos presidentes Jair Bolsonaro, do Brasil, e Mario Abdo Benítez, do Paraguai, além de autoridades dos dois países e do Paraná e dirigentes da Itaipu Binacional, cuja margem brasileira vai custear a obra, que deverá ser iniciada ainda no primeiro semestre e estar concluída no prazo de três de anos.

Sperafico afirma que fez questão de acompanhar o evento, depois de como deputado federal haver acompanhado durante anos as negociações para a execução da obra e esperar que o empreendimento cumpra sua verdadeira finalidade, que é a alternativa para o trânsito de veículos de carga, desafogando o movimento da Ponte Internacional da Amizade, que liga Foz do Iguaçu a Ciudad del Este.

Segundo ele, a nova ponte será construída sobre o Rio Paraná e ligará Foz do Iguaçu à cidade paraguaia de Puerto Presidente Franco, tendo como objetivo estimular o desenvolvimento regional. A obra está orçada em 463 milhões de reais, considerando estrutura, desapropriações e construção de perimetral no lado brasileiro.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) terá a responsabilidade de supervisionar o empreendimento, que, por meio de convênio de delegação, será gerenciado pelo governo do Paraná, sem onerar a tarifa de Itaipu e/ou prejudicar o consumidor brasileiro.

Na opinião de Sperafico, a segunda ligação é fundamental, pois a Ponte da Amizade, construída há 54 anos, depois de beneficiar ambos os países ampliando suas relações e fazendo do Brasil o terceiro maior parceiro comercial do Paraguai, está com capacidade esgotada, como demonstram os extensos congestionamentos de caminhões, ônibus e carros de passeio.

Detalhe importante, segundo ele, é que a segunda ponte estará no extremo Sul de Foz do Iguaçu, próximo à ponte Tancredo Neves, entre Brasil e Argentina, contando com a implantação da Perimetral Leste, que irá ligar a região das pontes à BR 277, o que permitirá o desvio do fluxo de caminhões de carga das principais vias do centro da cidade.

“Com isso esperamos que a melhoria do trânsito de caminhões beneficie o escoamento da produção agropecuária do Paraguai até o Porto de Paranaguá e ao mesmo tempo incentive a exportações de manufaturados brasileiros para o interior do vizinho país e nações próximas, além dos portos no litoral do Oceano Pacífico, com transporte mais barato para importadores asiáticos”, afirma Sperafico.

O seu temor, desde que acompanhou as negociações com o Paraguai nos últimos anos, procurando defender interesses do Paraná e do Brasil, é que a nova ligação siga o exemplo da Ponte da Amizade e se torne mais uma alternativa para o contrabando e descaminho, com prejuízos para o comércio, indústria e arrecadação de tributos no País e facilidades até para o tráfico de drogas e armas.

Apesar dessas preocupações, segundo Sperafico, é preciso comemorar a obra, pois irá desafogar o fluxo de veículos na Ponte da Amizade, que hoje chega a 39 mil veículos por dia e conclui negociações iniciadas em 1992. A obra terá a extensão de 760 metros, contando com dois mastros de 120 metros de altura, para a sustentação de sua estrutura.

O vão central estaiado terá 470 metros e a ponte contará com duas pistas com 3,6 metros e acostamento de três metros de cada lado, com passagem de 1,7 metro para pedestres. A obra ainda contemplará a construção de quatro viadutos e duas aduanas, uma entre Brasil e Paraguai e a outra entre Brasil e Argentina.

Segundo Sperafico, uma terceira ponte entre os dois países, após a autorização da segunda obra ainda em dezembro do ano passado, essa sob responsabilidade do Paraguai, será construída sobre o Rio Paraguai, ligando a cidade de Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, a Carmelo Peralta, no Paraguai, facilitando o acesso ao Oceano Pacífico e abrindo mercados para o agronegócio do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso.

 

Com assessoria 

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