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Aos 80 anos, Elza Soares lança álbum repleto de críticas sociais

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Foto: Reprodução/Instagram

Elza Soares, de 80 anos, lançou na quinta-feira (17) o álbum Deus é Mulher, 33º da carreira. Com 11 faixas inéditas, o disco aborda temas que permanecem atuais no Brasil: o preconceito racial, a corrupção, violência doméstica e o machismo.

A música O Que Se Cala, que abre o álbum, dá o tom político do novo trabalho. “Minha voz uso para dizer o que se cala. O meu país é o meu lugar de fala”, diz a letra. Em seu perfil no Instagram, Elza falou do objetivo do disco: “É um grito de liberdade”.

A faixa Deus Há de Ser, de autoria de Pedro Luís, teve papel fundamente na escolha do nome. A música é um mergulho na natureza feminina e na capacidade de tornar mais macia a “dureza dos fatos”.

O trabalho conta com algumas participações especiais, como do grupo Ilú Obá de Min, na percussão e vozes de “Dentro de Cada Um”, parceria entre Luciano Mello e Pedro Loureiro, e Banho, de Tulipa Ruiz.

Elza, a Mulher do Fim do Mundo

Último trabalho da cantora carioca antes de Deus é Mulher, A Mulher do Fim do Mundo, lançado em 2015, também explorou as temáticas relacionadas as questões raciais e violência.

O disco foi aclamado pela crítica pela forma como Elza tocou em assuntos tão delicados e que a atinge diretamente. Considerado o Melhor Álbum pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), em 2015.

Mãe aos 13 anos e viúva aos 21, Elza enfrentaria também o drama de perder três, dos sete filhos. Vítima de violência doméstica e uma história marcada por episódios difíceis, a cantora transformou todas as dores em matéria-prima de uma carreira marcada pela coragem e permanece ativa, mesmo com as limitações físicas de saúde e da idade.

Com R7/Diversão

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