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Silvana Nardello Nasihgil

É preciso aprender a ser flor mesmo entre os espinhos

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Silvana Nasihgil

Foi impossível não fotografar essa lindeza. Enquanto eu olhava, refletia (coisa de psicóloga) em como muitas vezes nos achamos um cacto, em uma vida de cacto, sem sequer imaginar que por mais difícil que tudo pareça, existe um jeito de florescer. 

Presos nos sofrimentos, tendemos a nos vitimizar, ao invés de reagirmos e tomarmos atitudes necessárias em busca de uma vida melhor e dias melhores.

Sofremos desmedidamente, piorando aquilo que já não está bom.

A vida nos apresenta todos os dias inúmeras razões e caminhos para mudanças, mas elas só acontecerão para quem se disponibilizar a encontrá-las, para aqueles que reconhecem a vida e o viver como algo a ser moldado, algo a ser construído. 

Então, chorar pelos infortúnios deve ter o seu tempo. Isso faz parte do nosso humano. Agora, viver preso nos sofrimentos é uma escolha.

Precisamos secar as lágrimas que nos impedem de ver a vida com clareza, e continuar. Continuar de onde paramos ou buscar caminhos novos. O que impede a nossa felicidade é a paralisação na dor.

Se já sabemos por onde andamos e onde estivemos, é possível não repetir o que nos desconstruiu e nos trouxe sofrimento e é perfeitamente possível encontrar novos caminhos e um novo jeito de caminhar.

Quando a gente escolhe florescer, nada e ninguém impedirá esse processo; ele vem de dentro e lá ninguém tem acesso a não ser nós. 

É preciso aprender a ser flor mesmo entre os espinhos. O segredo é retirá-los com cuidado e acomodar a vida, nossos sonhos, desejos e projetos nos espaços que deixamos vazios, dentro daquilo que desejamos viver. Logo a beleza das flores ofuscará os espinhos e eles deixarão de ser importantes e morrerão.

A vida é assim, e viver vai além do sofrimento de hoje, daquilo que dói.

Temos escolhas, sim! Mesmo que em um primeiro momento não as reconheçamos, elas existem e elas são determinantes na construção da nossa história de vida.

Que a gente escolha ser feliz todos os dias, florescer onde estivermos, plantamos ou, mesmo, buscarmos por terras mais férteis.

Precisamos seguir, lembrando que nossas raízes estão nos valores que possuímos e elas não impedem nossos pés de caminharem, nem nossas mentes de buscarem mudanças.

Por Silvana Nardello Nasihgil. Ela é psicóloga clínica com formação em terapia de casal e familiar (CRP – 08/21393)

silnn.adv@gmail.com

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