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Desemprego no Brasil recua a 4,3% em dezembro

Publicado

em

Fernando Haikal

O desemprego brasileiro caiu a 4,3% em dezembro e igualou a mínima histórica, mas a principal razão para isso foi a menor procura por trabalho.

A taxa de dezembro da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou 0,5 ponto percentual abaixo da que foi registrada em novembro, e também aquém da mediana das expectativas em pesquisa da Reuters, de 4,6%.

Com isso, a taxa média de desemprego do ano passado ficou em 4,8%, também marcando o menor nível histórico, abaixo dos 5,4% vistos em 2013.

Embora a taxa de desemprego calculada pela PME permaneça em patamares historicamente baixos, o mercado de trabalho brasileiro vem mostrando sinais de exaustão diante da fragilidade da economia, da inflação alta e dos juros elevados.

O país criou menos de 400 mil postos de trabalho com carteira assinada em 2014, segundo o Ministério do Trabalho, o pior desempenho em 12 anos, apontando para mais um ano fraco em 2015.

 

INATIVIDADE

Sinal disso é que a população ocupada diminuiu 0,7% em dezembro sobre novembro e recuou 0,5% ante o mesmo período do ano anterior, chegando a 23,224 milhões de pessoas.

A queda da taxa em dezembro decorre principalmente da redução na população desocupada, que são as pessoas sem trabalhar mas à procura de uma oportunidade. Esse contingente recuou 11,8% o na comparação mensal e caiu 0,9% na base anual, atingindo 1,051 milhão de pessoas.

Historicamente, no fim de cada ano há uma redução na procura de trabalho, principalmente entre Natal e Ano Novo.

As pessoas que decidiram migrar do mercado de trabalho para a inatividade também exerceram forte influência. A população inativa aumentou em dezembro 2,2 por cento sobre novembro, e subiu 3,5 por cento sobre o ano anterior.

O IBGE informou ainda que, em dezembro, a renda média real caiu 1,8% sobre novembro mas avançou 1,6% sobre um ano antes, a 2.122,10 reais. Em 2014 como um todo, a média anual da renda subiu 2,7 por cento sobre 2013.

Pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, prevista para substituir a PME, a taxa de desemprego ficou estável em 6,8% no terceiro trimestre de 2014. Os números do último trimestre do ano passado serão publicados em 10 de fevereiro.

Para reverter o quadro econômico e também reconquistar a confiança de investidores, a nova equipe econômica vem anunciando medidas fiscais para reorganizar as contas públicas.

 

 

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