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Marina Silva filia-se ao PSB e diz que Campos é o candidato
| Ueslei Marcelino/ Reuters |
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A ex-senadora Marina Silva concede entrevista coletiva no Hotel Nacional, em Brasília, para anunciar sua filiação ao PSB |
A exato um ano antes das eleições presidenciais, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e a ex-senadora Marina Silva formalizaram hoje (05) uma união que provoca uma reviravolta no cenário eleitoral de 2014. Com um capital político de 20 milhões de votos, mas sem uma legenda própria, Marina aceitou se filiar ao PSB de Campos. Ela deverá ser vice na chapa dele ao Palácio do Planalto.
“O PSB já tem um candidato que está posto e por que não apresentar nosso programa a esse candidato e, se houver o compromisso de assumir as primeiras diretrizes programáticas, aprofundarmos os programas da Rede e do PSB pelo pais?”, disse Marina.
A coalizão nasce com o propósito de tentar viabilizar uma terceira via à polarização entre PT e PSDB, que dominam a disputa nacional desde 1994. Tanto Campos quanto Marina são ex-ministros do governo Lula. Ambos saíram fortalecidos das eleições de 2010: ele foi reeleito governador com expressivos 82% dos votos e viu seu PSB ganhar musculatura no Congresso Nacional.
Já Marina saiu das urnas com 19,33% dos votos válidos para a Presidência da República. Em seus discursos na tarde de hoje, os dois usaram o mesmo bordão: “Vamos acabar com a velha política”. “Estamos quebrando uma falsa polarização que precisa ser quebrada na política brasileira”, disse Campos.
Quem quis nos colocar fora do processo hoje está refazendo as contas. Muitos que dizem que tem muita coragem não teriam coragem de tomar essa decisão. Essa não e a decisão mais fácil, mais conveniente. A decisão de Marina em aderir ao PSB foi costurada após sucessivas reuniões nas últimas 48 horas, depois do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter rejeitado o registro partidário para a Rede Sustentabilidade, idealizada por ela disputar o Palácio do Planalto.
