Geral
Mercado estabiliza preços de materiais de construção
Carina Ribeiro/OP |
---|
Reajuste no preço do cimento foi motivado tanto pelo valor do frete como pelo aumento dos vencimentos e subsídios dos trabalhadores das indústrias |
Depois do boom gerado no setor de construção civil por causa do programa federal Minha Casa Minha Vida, atualmente os preços de materiais para as obras estão praticamente estáveis. A informação é de empresários do comércio rondonense, segundo os quais, neste ano o reajuste de preços de itens como cimento, ferro e areia ficaram dentro da margem do índice inflacionário, entre 6% e 7% ou até menos.
A maior parte dos reajustes está sendo absorvido agora pelos consumidores, sendo que os aumentos de preços vêm ocorrendo de agosto a outubro. Dentre os fatores que interferem na alta estão câmbio, frete e principalmente o reajuste salarial dos trabalhadores das indústrias.
De acordo com o empresário Ricardo Nied, da Rede Constru&Cia, atualmente não existe previsão de novos aumentos, porém nem sempre os fornecedores avisam antes de praticá-los. No caso do ferro, a alta ocorreu por causa do dólar, tendo em vista o uso de material importado para extração. Já quanto ao cimento, a justificativa foi o valor do frete, enquanto outros produtos tiveram maior incidência do subsídio da categoria, explana.
Ele menciona que, quando algumas indústrias alertam sobre a iminência de elevação dos preços, o próprio revendedor amplia o volume de compra de mercadorias para oferecer uma quantidade maior de estoque com preço antigo, mais barato para o consumidor.
A demanda por produtos em razão do programa governamental, segundo Nied, está estável, da mesma forma como o fornecimento de produtos pelas indústrias, não havendo risco de faltar.