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Municípios querem estudo de viabilidade das praias

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Carina Ribeiro/OP
Praias do Lago de Itaipu atraem maior volume de público durante três ou quatro meses, enquanto a maior parte da estrutura fica ociosa no resto do ano

As praias de água doce podem ser “amargas” para os cofres públicos das cidades lindeiras ao Lago de Itaipu que precisam manter amplas estruturas turísticas do seu entorno. Os parques de lazer representam altos custos para as prefeituras, que mantêm funcionários permanentes o ano todo para cuidar delas, além de demandarem serviços de melhorias e manutenção ao longo de todo o ano, enquanto a maior parte da estrutura somente é usufruída plenamente durante um terço desse período do movimento de translação.

De acordo com o presidente do Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu, prefeito de Santa Helena, Jucerlei Sotoriva (Juce), diante do problema, foi identificada a necessidade de realizar um estudo de viabilidade das praias. “Remetemos um pedido de realização de um estudo para Itaipu, pois existe predisposição de algumas prefeituras em devolver a estrutura dos balneários à mesma. A proposta inicial seria de que o Conselho fizesse a gestão de todas as praias, no entanto, isso é impraticável”, declara.

Caso as concessões fossem revogadas e as estruturas devolvidas à Binacional, Juce acredita que se optaria pelo reflorestamento das áreas, o que seria o fim das praias do Lago. A disparidade entre o uso dos espaços e o custo elevado que representam preocupa os gestores. Conforme o prefeito, em Santa Helena o balneário demanda de aproximadamente R$ 1 milhão dos cofres públicos, anualmente.

Segundo ele, o estudo solicitado também poderá embasar uma reivindicação junto ao Ministério Público, uma vez que este não autoriza a cobrança pelo acesso aos balneários. “Entendemos que uma cobrança não seria com objetivo de exploração financeira dos espaços, mas visaria apenas cobrir os custos de manutenção das estruturas. Desse modo, as praias poderiam ter um sistema próprio de gestão e serem autossustentáveis”, analisa o presidente do Conselho dos Lindeiros.

Marechal Rondon

Atrair turistas e público em geral para usufruir da estrutura do Parque de Lazer Annita Wanderer, de Porto Mendes, será a estratégia usada pelo Poder Público de Marechal Cândido Rondon para ampliar o aproveitamento da área, bem como visando incrementar a arrecadação a partir das taxas, permitindo arcar com os custos de manutenção.

Segundo o secretário de Indústria, Comércio e Turismo, Guido Herpich, o orçamento anual para o parque de lazer é de aproximadamente R$ 620 mil, sem contar folha de pagamento de funcionários permanentes, que somariam outros cerca de R$ 84 mil por ano.

Dentre os maiores custos estão o de energia elétrica, que na alta temporada é de R$ 11 mil nos meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março, e na baixa temporada cai para R$ 4 mil; e ainda os de investimentos, que neste ano já chegaram a R$ 50 mil. “Durante a temporada ainda são contratadas equipes para limpeza, há pagamento de alojamento e alimentação de guarda-vidas, entre outros. Somando tudo, são custos elevados”, considera Herpich.

Enquanto as despesas anuais ultrapassam R$ 700 mil, a arrecadação com taxas de uso de alguns espaços e serviços, no ano passado, foi de apenas R$ 80 mil. “Foi um ano atípico em que houve a redução do nível da água no reservatório, além de ter chovido no Carnaval, o que prejudicou a frequência de público”, rememora o secretário.

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