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O rei das carroças faz sua última jardineira

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Giuliano De Luca/OP

Seu Valdi Friske: A ferraria era o lugar mais sujo, mas era o lugar que eu mais gostava

O ano era 1955. Aos dez anos, Valdi Friske desembarcava com os pais na atual Nova Santa Rosa. Vindos da região de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, encontraram a pequena localidade que desabrochava no Extremo Oeste do Paraná. Poucas casas, poucas ruas, todas de chão batido. Os primeiros colonizadores já tinham seus pequenos negócios e sítios quando o pequeno Valdi se encantou com a ferraria de um vizinho. Era o começo de uma história de mais de mais de 50 anos de amor ao ofício de ferreiro, profissão que aos poucos foi excluída do mercado de trabalho.

Metade desse tempo de trabalho, seu Valdi se dedicou à construção de carroças. Gente humilde, construtor de mão cheia, religioso e dono de boas histórias, tornouse um especialista no assunto. Agora, às vésperas de completar 70 anos, sete anos depois da aposentadoria, ele acaba de concluir o que seja talvez seu último trabalho. A pedido de um amigo, reconstruiu uma jardineira, a carroça usada pelos colonizadores nos momentos de lazer.

O especialista começou cedo, aos 13 anos, ajudando o ferreiro vizinho na pintura dos automóveis da época. Aos 15 anos, recorda, saiu da casa dos pais para morar com o chefe, para estar mais perto do ofício que tanto lhe encantara. Eu ficava interessado pelo que o vizinho fazia. Tanto que comecei a trabalhar com ele. Na época tinha muito serviço. Uma camionete, um ou outro caminhão, eram poucos carros, mas todo colono tinha uma carroça, conta.

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