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Paranaenses vão integrar Missão Espacial em 2015

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O Grupo de Instrumentação Eletrônica e Sistemas Inerciais da Universidade Estadual de Londrina (UEL) esta participando, pela segunda vez, do Programa Microgravidade da Agência Espacial Brasileira (AEB). O grupo do Departamento de Engenharia Elétrica foi contemplado com R$ 184,48 mil da agência para dar continuidade à criação de um instrumento para medir as acelerações de uma plataforma de microgravidade. A experiência “Plataforma de Aquisição para Análise de Dados de Aceleração (Paanda) vai ser testada em ambiente simulado de gravidade zero no voo espacial previsto para meados de 2015, no Centro de Lançamento de Alcântara, que fica no Maranhão, juntamente com experiências científicas de diversas universidades brasileiras.

Em julho de 2007, o grupo da UEL integrou a Missão Cumã II, que lançou o VSB-30 V04 (quarto Foguete de Sondagem da série VSB-30). Naquela missão foi testada a primeira versão da Paanda. Participaram da missão, além da UEL, instituições que têm tradição nesses estudos como o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e também o Centro Universitário FEI.

O experimento da UEL pode ser considerado um sucesso. Mais que isso, entrou para a história da pesquisa aeroespacial do país ao conseguir produzir um protótipo e embarcá-lo no VSB30. O veículo atingiu uma altitude de 250 quilômetros e permaneceu no espaço durante 6 minutos em um ambiente de microgravidade.

O ambiente de microgravidade ou ambiente simulado de gravidade zero é obtido quando o veículo sai da atmosfera e entra em queda livre. O veículo separa-se de seu motor e inicia um procedimento para zerar suas rotações. A partir deste instante e enquanto estiver em queda no espaço ele estará em microgravidade.

O coordenador do projeto, professor Marcelo Tosin, espera repetir a experiência de olho no domínio de novas tecnologias. Ele explica que o ambiente de microgravidade permite observar determinados fenômenos que seriam impossíveis sob a ação da gravidade da terra. Neste ambiente, por exemplo, podem ser realizadas pesquisas biológicas, sintetizados novos materiais e substâncias e testados equipamentos eletrônicos.

Os londrinenses buscam desenvolver um instrumento capaz de medir níveis de aceleração um milhão de vezes menores que a gravidade da terra, de forma a monitorar o ambiente de microgravidade gerado no veículo em queda livre no espaço. Para isto, o instrumento utiliza sensores de aceleração (acelerômetros) de altíssimo desempenho. Apenas para comparação, os controles de videogame atuais também utilizam acelerômetros e outros sensores para mapear os movimentos do usuário. No entanto, os sensores utilizados na Paanda possuem uma resolução mil vezes melhor.

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