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Projeto viabilizará formação de mão de obra de TI

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Carina Ribeiro/OP
Coordenador do Núcleo de Informática, Nilmar João dos Santos

Diante da escassez de pessoal qualificado para trabalhar na área de tecnologia de informação (TI), empresas de Marechal Cândido Rondon que fazem parte do Núcleo de Informática da Associação Comercial e Empresarial (Acimacar) pretendem desenvolver, a partir do ano que vem, um projeto de formação de jovens na área de análise de suporte e programação de computador.

De acordo com o coordenador do Núcleo, Nilmar João dos Santos, somente no município existem atualmente entre 40 e 50 vagas de trabalho nesse ramo, sendo que em nível regional a demanda ultrapassa 250 vagas. Enquanto isso, a quantidade de pessoas formadas em cursos superiores e técnicos da região não é suficiente para atender à demanda do mercado, principalmente pelo alto índice de evasão.

Na área de abrangência do Arranjo Produtivo Local (APL) do qual o núcleo rondonense faz parte, há vários cursos de Tecnologia de Informação (TI). Em Cascavel há sete cursos superiores mais um técnico, em Toledo há dois cursos de TI, em Foz do Iguaçu há cinco superiores, em Medianeira há um curso superior e em Marechal Rondon apenas um curso técnico.

Outro fenômeno observado é que muitos acadêmicos de Tecnologia de Informação da região buscam o curso com objetivo de futuramente trabalharem na área de manutenção de computadores e não como programação e suporte técnico, gerando uma defasagem na oferta de mão de obra. “As empresas ficam ‘amarradas’ em seu crescimento porque a demanda é maior do que as instituições de ensino conseguem formar”, observa Santos.

Assim, a partir do projeto, será possível aliar duas coisas: encaminhar o jovem profissionalmente e atender às necessidades das empresas. “É um papel social de inclusão do jovem no mercado de trabalho”, enfatiza o coordenador.

Curso

O projeto consiste na realização de um curso gratuito e também na oferta de estágio para uma parcela dos participantes, oportunizando aprofundar ainda mais os conhecimentos práticos. O curso será voltado para estudantes a partir de 15 anos, terá duração de um ano e meio, com aulas três vezes por semana. Conforme o coordenador do núcleo, a intenção é fornecer material didático e custear também a formatura dos alunos.

Segundo Santos, a qualificação se diferencia de um curso de informática básica, pois oferece formação técnica e visa qualificar os jovens para serem contratados pelas empresas da área de tecnologia, assim como outras empresas que demandam de conhecimento de informática mais aprofundado.

A partir do projeto poderão ser capacitados alunos de escolas públicas ou privadas, em nível médio, pós-médio, graduação ou graduados, na área tecnológica, proporcionando, assim, uma melhor qualificação para o primeiro emprego. “Será uma oportunidade para os jovens se qualificarem enquanto estudam para poderem ingressar no mercado de trabalho com uma função melhor remunerada e que permite seguir uma carreira”, argumenta Santos.

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