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Quero ter filhos. Mas e se deixar para depois?

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Luciany Franco/ OP
Irreparável a imagem da psicopedagoga Rosimeire com as filhas Cibelle Laís e Isa Manoelle. Ela tornou-se mãe aos 36 e repetiu a dose aos 43: “Tudo aconteceu no momento certo”

Enquanto muitas mulheres da sua idade já estão preocupadas com ingresso dos filhos na faculdade, a psicopedagoga Rosimeire Rosa Botelho Urnau, de 43 anos, está às voltas com fraldas e mamadeiras da filha Isa Manoelle, recém-nascida. Ela é acompanhada de perto da pequena Cibelle Laís, de sete anos e, portanto, nascida quando a mãe estava com 36 anos.

Rosimeire faz parte de um grupo cada vez maior de mulheres que fazem a opção de planejar a gravidez para quando a família tiver as condições consideradas “adequadas” para receber os rebentos. Segundo o médico ginecologista e obstetra Marcos Baptista Campos, postergar a gestação para depois dos 30 e até 40 anos deixou de ser uma exceção e por pouco não se torna uma regra na sociedade.

“Em praticamente todas as situações encontramos os mesmos argumentos: o casamento que ficou para mais tarde, a faculdade ou aperfeiçoamento profissional que precisa ser concluído, a casa dos sonhos a ser construída, e em muitos casos também há o reconhecimento profissional almejado”, destaca.

“As mulheres querem alcançar objetivos e muitas vezes também é uma decisão do casal. Assim como ter menos filhos, deixar a gravidez para mais tarde é um reflexo da sociedade moderna”, expõe o médico.

Para Rosimeire e o marido, de tudo um pouco pesou na decisão. Eles ainda estudavam quando se casaram, depois veio o desejo de fazer pós-graduação e construir uma casa. Tudo com o objetivo de que, quando o filho viesse, tivesse as melhores condições possíveis de vida. Então foram “abençoados” com o nascimento de Cibelle.

Novos objetivos foram traçados pela família e, entre eles, de dar um irmão à filha. Conforme a psicopedagoga, que trabalha com educação especial, um novo alvo surgiu, com o casal em busca de estabilidade profissional. Hoje, os dois são servidores públicos e uma bela casa foi construída. Assim, o cenário estava perfeito para o nascimento programado de Isa. Mas, toda história de final feliz sempre tem seus desafios.

Cuidados redobrados

 

Embora seja rotina mulheres com mais de 30 ou 40 anos tornarem-se mães, o médico Marcos Baptista Campos alerta que cuidados adicionais precisam ser tomados. Rosimeire, por exemplo, quando decidiu que estava pronta para ter um bebê, o seu bebê, buscou acompanhamento médico. Isto porque havia tido um aborto espontâneo.

A primeira gravidez assistida foi mais tranquila e Cibelle Laís é a prova disso. Quando resolveram ter o segundo filho, um novo aborto chegou a provocar um susto. “Foi fundamental o apoio médico, que me incentivou a buscar a causa do aborto e não desistir de imediato”, conta ela, lembrando que colaborou muito nesse momento o fato de estar mais madura e tranquila.

A causa dos abortos, um problema de tireóide, não sepultou seu desejo de aumentar a família. Fez acompanhamento com endocrinologista paralelamente ao ginecologista e, alguns meses depois, um envelope de laboratório trouxe a notícia: em nove meses, mais um lugar da mesa de jantar estaria ocupado com a chegada de Isa Manoelle.

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