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Toledo discute a possível implantação de presídio

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A administração de Toledo realizou na noite de quarta-feira (23) um debate sobre o pedido do Governo do Estado para doação de área para a construção do Centro de Integração Social vinculado ao Programa Nacional de Apoio ao Sistema Prisional.

Na ocasião, o diretor do Departamento de Execução Penal da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maurício Kuehne, ministrou palestra para esclarecimento das questões prisionais. Participou do encontro o prefeito Beto Lunitti, o promotor de Justiça José Roberto Moreira, Gustavo Bravo e a juíza da 2ª Vara Criminal Luciana Lopes do Amaral Beal, Capitão Zorzi da Polícia Militar, José Rodrigues do Conselho Municipal de Segurança, Paulo Pagnusatti representando a OAB, Artulino Hesper presidente da UTAM, presidentes de Associação de Moradores, vereadores e secretários municipais e sociedade civil em geral.

O prefeito afirmou que o encontro foi promovido para discutir com a sociedade o projeto proposto pelo Governo do Estado.

“Nesse momento estamos aqui para dialogar e entender o projeto para avaliarmos o que a sociedade entende como a melhor alternativa. Este é também um momento para entender toda a dinâmica do sistema prisional para a decisão que precisamos tomar. Todos os esforços foram feitos, mas como temos a ferramenta da consulta pública e priorizamos a participação popular resolvermos escutar a opinião da sociedade antes de tomar qualquer decisão”.

O prefeito informou também que diversas entidades foram convidadas a participar do debate como associação de moradores, sindicatos, rotarys, lions, escolas, universidades, poder legislativo e judiciário. O promotor de Justiça José Roberto Moreira argumentou a favor da instalação da unidade prisional.

Segundo José Roberto a implantação do projeto auxiliaria na solução da superlotação da Cadeia Pública de Toledo. Conforme o promotor, José Roberto Moreira, grande parte dos presos são provisórios e os encaminhados para o regime semiaberto iriam direto para nova unidade.  Maurício Kuehne, porém, ressaltou que a expectativa de esvaziamento vai se desenvolver em médio prazo.

“Não podemos em curto prazo resolver um problema que se entende por 50 anos”. A previsão é que sejam construídas 20 novas unidades penais no estado, com a criação de sete mil vagas. Atualmente o Paraná conta com uma carência de 3,5 mil.

A medida desafogaria as Cadeias Públicas de todo o estado. A juíza da 2ª Vara Criminal Luciana Lopes do Amaral Beal comentou que atualmente os presidiários do regime semiaberto por não ter uma unidade que os receba acabam voltando prematuramente para a sociedade.

“Posso afirma que boa parte dessas pessoas por não receberem tratamento humanizado tornam–se reincidentes”. O promotor José Roberto reiterou a preocupação sobre o atendimento adequado aos presos do regime semiaberto que poderiam serem atendidos no modelo proposto.

“Testemunhei no passado a tentativa do governo do estado de construir em Toledo um presídio que desafogaria a cadeia pública. Mas houve um clamor da sociedade contra a proposta. Precisamos olhar para o problema como um todo”, disse José Roberto.

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