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Paraná

281 autuações e prisões por embriaguez ao volante

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Joni Lang/OP
Foram realizados 16.349 testes de etilômetro de janeiro a terça-feira (15) nos postos atendidos pela Delegacia da PRF de Guaíra

Com o principal objetivo de diminuir a quantidade de acidentes de trânsito e salvar vidas, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) tem desenvolvido inúmeras ações de fiscalização nas rodovias atendidas pela Delegacia da PRF de Guaíra, cuja área compreende 166 quilômetros nas BRs 163, 272 e 487, respectivamente nos postos de Guaíra, Ponte Ayrton Senna, Porto Camargo e Quatro Pontes.

Uma das frentes para que o alvo seja alcançado diz respeito à fiscalização através dos exames de bafômetro. Conforme dados repassados pela delegacia guairense da PRF, entre 1º de janeiro deste ano e a última terça-feira (15) foram realizados 16.349 testes, dos quais 220 resultaram em autuações pelos motoristas estarem embriagados, além de 61 prisões efetuadas. Os números ainda são menores do que os do ano passado, quando de janeiro a 31 de dezembro ocorreram 20.074 exames de alcoolemia, gerando 342 autuações e 80 prisões.

O chefe de policiamento e fiscalização da Delegacia da PRF de Guaíra, Bruno Miranda, salienta que estes dados são bons apesar de estarem abaixo dos anos anteriores. Eles representam que nós continuamos fiscalizando casos como de alcoolemia, mesmo porque tivemos situações de grandes eventos sendo realizados pela PRF neste ano que impactaram nos números gerais. A fiscalização está sendo eficiente, a alcoolemia tem diminuído, assim como as autuações e detenções. Além disso, não vemos aumento no número e na gravidade dos acidentes, o que nos leva a crer que as fiscalizações são eficazes e atingem o objetivo, menciona.

Miranda ressalta que muitos condutores estão habituados a serem fiscalizados e não oferecem resistência. Isso mostra que as pessoas estão cientes da importância da fiscalização aos usuários das rodovias, o que possibilita mudança de comportamento para não dirigirem veículos quando estiverem alcoolizados, pontua.

 

Prevenção

Segundo Miranda, a autuação ocorre com legislação alterada e aumento no valor da multa, o que contribui para restringir ainda mais o ato de dirigir após ingerir bebida alcoólica. A PRF atua na fiscalização preventiva que é um diferencial para fazer testes aleatórios e em volume para mostrar à sociedade que tais ações são realizadas diariamente, oferecendo maior impacto às operações, porque os condutores evitarão a embriaguez ao volante. Isso gera mudança de comportamento, o que vem sendo percebido nitidamente desde a chegada da PRF na região, em 2009. As pessoas respeitam e se previnem muito, enfatiza.

Além da fiscalização rotineira, no período de férias a PRF aumenta a presença policial nas rodovias e desenvolve fiscalizações de alcoolemia de forma mais constante, assim como ações para fiscalizar ultrapassagem em local proibido e avaliar o comportamento dos condutores de veículos, caminhões e ônibus para evitar maiores acidentes. Todo planejamento e atuação são voltados a reduzir acidentes e salvar vidas. Por este motivo é importante a presença da PRF no trecho, assim como a realização de testes de alcoolemia, conferência de equipamentos obrigatórios e prevenção do veículo para quem viaja, ressalta.

Miranda cita que os policiais rodoviários federais desenvolvem operações focadas em trabalhar a educação no trânsito, para que seja mais humano e seguro. As ações contam com demonstrações de cinema rodoviário, palestras em instituições de ensino para mudar o comportamento dos condutores de veículos e conscientizar sobre a obrigatoriedade de não dirigir veículo após ingerir bebida alcoólica. A PRF realiza fiscalização rotineira e campanhas de educação para o trânsito nos postos, empresas, escolas e autoescolas. Tais ações são desenvolvidas desde o início do ano e em datas específicas, como feriados. Conduzir embriagado oferece grande risco a quem trafega pelas rodovias e pode causar tragédias em famílias, expõe.

 

Joni Lang/OP

Condutor submetido ao teste do bafômetro no posto de Quatro Pontes foi liberado em seguida por não acusar o uso de substância alcoólica

 

Punição

Qualquer quantidade igual ou superior a 0,05 miligrama de álcool por litro de ar alveolar expirado (mg/l) é infração, igual ou superior a 0,34 mg/l é crime, conforme resolução 432/13 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Caso o resultado acuse que o condutor está embriagado, autuamos e encaminhamos para o Detran a questão de penalidade, que se refere à cassação do direito de dirigir, mas em caso de reincidência a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) pode ser cassada. O condutor acima de 0,34 mg/l de álcool por ar expelido é detido e encaminhado à Polícia Judiciária, sendo liberado após o pagamento de fiança. A polícia fará a denúncia, enquanto o Poder Judiciário definirá a pena. A detenção varia de seis meses a três anos, prevendo ainda multa e proibição de obter permissão ou habilitação para dirigir, esclarece.

Se o condutor não realizar o teste e existirem sinais notórios que indicarem uso de álcool, a recusa implica na aplicação das mesmas penas de quem dirige alcoolizado. O crime prevê multa por infração gravíssima e cassação do direito de dirigir por 12 meses. A penalidade a ser imposta é a mesma de quem for flagrado dirigindo embriagado, enfatiza.

Miranda salienta que 35 das 220 autuações aplicadas neste ano foram por recusa, o que representa 15%. Este é um número alto, contudo a tendência é de que seja reduzido pelo fato de a penalidade ser a mesma de quem for flagrado, mesmo porque está previsto na lei. Com isso as pessoas devem se submeter ao teste e evitar dirigir alcoolizadas, finaliza.

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