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Paraná

Assembleia que definiria greve de agentes penitenciários é adiada

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Jonathan Campos/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Assembleia deve definir se agentes entrarão ou não em greve

 

Agentes penitenciários adiaram, na manhã de terça-feira (10) uma assembleia para definir se a categoria vai entrar em greve. A reunião, que seria realizada em frente ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, em Curitiba, foi convocada por conta de o governo estadual ter enviado à Assembleia Legislativa um “pacotaço” que, em sua versão original, incluía a extinção de benefícios concedidos ao funcionalismo público.

Conforme o sindicato da categoria, Sindarspen, os agentes foram chamados para uma reunião na Secretaria da Segurança Pública (Sesp) para discutir as reivindicações dos trabalhadores.

Cerca de 100 agentes penitenciários estão reunidos próximo ao palácio, enquanto aguardam a diretoria retornar da reunião. Entre os trabalhadores, a insatisfação é geral e a perspectiva é que o sindicato decida pela paralisação.

“Nós pedimos pelo de sempre: material humano, infraestrutura e melhores condições de trabalho. Agora, esse ‘pacotaço’ é um absurdo, mexe com toda a estrutura familiar dos servidores, desestimula. Tanto que os servidores estão se unindo, independentemente da categoria. Temos que engrossar a voz contra tudo isso”, disse o agente Edilson dos Santos, que tem 25 anos de carreira. Ele acabava de voltar de um plantão de 24 horas na Colônia Penal Agrícola.

Contra mudanças nos direitos do funcionalismo

Em comunicado divulgado na segunda-feira (9), o Sindarspen informou que a categoria deveria paralisar as atividades para exigir que os direitos já adquiridos sejam mantidos e, mais, que o governo respeite o trabalhador do Estado.

Segundo o Sindarspen, os projetos de lei 001/2015 e 002/2015 encaminhados à Assembleia Legislativa (Alep), que propõem o fim do quinquênio (adicional por tempo de serviço) e reduzem os valores da aposentadoria, vão afetar especialmente os agentes penitenciários.

O quinquênio é um dos poucos institutos de valorização salarial que ainda temos. Tirar isso é loucura. Como não temos um Plano de Cargos e Salários, ao retirar o quinquênio, Richa acaba com a ascensão funcional da categoria, desabafa Antony Johnson, presidente do Sindarspen. O sindicato também protesta contra o atraso no pagamento do terço de férias, de promoções e progressões de carreira.

Governo recua

Pressionado por servidores e deputados da própria base aliada, o governo do Paraná recuou em pelo menos três pontos do pacotão de medidas amargas anunciado na semana passada. Com isso, não devem mais ir à votação na Assembleia Legislativa propostas que alterariam benefícios remuneratórios de servidores, como progressões, o quinquênio e o anuênio.

A base governista na Assembleia, porém, manteve a decisão de votar hoje os dois projetos de lei sob o regime de comissão geral, o chamado tratoraço.

Protesto em frente à casa

Assim como na segunda-feira, esta terça deve ser mais um dia de intensos protestos em frente à Assembleia Legislativa do Paraná. Professores, agentes e servidores de outras categorias prometem reunir milhares contra as medidas anunciadas pelo governador Beto Richa (PSDB).

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