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Autoridades do Paraná identificaram disputa de facções em novembro

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O secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, disse nesta quarta-feira (4) que os serviços de inteligência da polícia identificaram uma disputa entre duas facções criminosas, em novembro de 2016. Segundo ele, as informações recebidas davam conta de que poderia haver tumultos no sistema penitenciário do estado, tal como aconteceu no Amazonas e que levou à morte de 60 presos.

Mesquita diz que houve a interceptação de mensagens emitidas por pequenos bilhetes, por integrantes de uma dessas facções, ordenando o início da briga com a outra facção. “Nós constatamos então, que de dentro da organização Primeiro Comando da Capital havia sido passada uma determinação do seu comando fora do estado do Paraná, para que seus integrantes estabelecessem uma animosidade com outras facções”, afirmou o secretário.

Ele explicou que após a confirmação da veracidade dessas mensagens, foram tomadas diversas medidas para evitar os confrontos dentro das unidades prisionais. “No estado do Paraná, tendo sido constatado de que havia uma animosidade entre facções, foi tomada uma decisão administrativa de se agregar e de separar pessoas estrategicamente envolvidas com essa articulação”, disse.

Mesquita disse que informou outras autoridades de inteligência sobre as informações obtidas nos presídios paranaenses. “[Fizemos um informe] Para toda a comunidade de inteligência de que a facção, no país inteiro, onde ela atuasse, havia determinado uma animosidade entre outras facções. Isso foi formalizado e comunicado à comunidade de inteligência”, afirmou.

De acordo com o secretário, as informações não explicitavam como seriam as ações da facção. “Não é que o estado do Paraná tinha informação de que haveria um motim, envolvendo mortes no Amazonas. Em outubro, nós constatamos que tinha sido transmitido uma ordem em relação a uma facção A para se contrapor à facção B”, afirmou Mesquita.

Na entrevista, Mesquita também tratou de acalmar a população, dizendo que as autoridades policiais do estado estão acompanhando de perto as movimentações das facções criminosas.

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