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Bebê é queimado com ferro pelo pai em Maringá

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A Polícia Civil de Maringá apura um caso de maus tratos contra um bebê de um mês e 20 dias, internado no Hospital Universitário (HU) com diagnóstico de queimaduras e fratura na clavícula, além de suspeita de trauma crânio-encefálico. Segundo o delegado Zoroastro Nery do Prado Filho, o pai, um auxiliar de serviços gerais de 27 anos, foi autuado em flagrante por lesão corporal depois de confessar ter batido na filha.

A menina foi levada à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Zona Norte, no início da manhã desta quinta-feira (25). Na triagem, os pais disseram ter procurado atendimento porque a filha estava com tosse. As queimaduras não foram mencionadas pelo casal até o médico despir a criança para examiná-la e identificar os ferimentos. Só então eles relataram que, no dia anterior, o pai teria queimado acidentalmente a filha com um ferro de passar roupa.

Após o diagnóstico de queimadura, o bebê foi transferido para o Hospital Universitário (HU). Logo após dar entrada, a criança apresentou um quadro convulsivo e foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, onde permanece internada em estado grave, em coma induzido e respirando por aparelhos. Um exame de raio X confirmou a fratura da clavícula.

O bebê também foi submetido a uma tomografia, cujo resultado seria submetido à avaliação de um especialista. Foram verificados ainda hematomas perto das pálpebras e sinais de sangramento nos olhos. Após ser procurado pela Polícia Civil e não ser encontrado em sua residência, na Vila Morangueira, o casal se apresentou espontaneamente na 9ª Subdivisão Policial (SDP).

Ao delegado plantonista, os pais reafirmaram a versão da queimadura acidental e negaram as denúncias de maus tratos. Sobre o ferimento na cabeça, eles contaram que a lesão teria ocorrido dias atrás quando o pai balançava a criança no colo e teria batido, também acidentalmente, a cabeça dela na porta do guarda-roupa. Eles, no entanto, não souberam explicar a fratura na clavícula. O pai chegou a cogitar a hipótese da lesão ter ocorrido em momento em que a criança foi retirada do berço.

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