Empresário é preso e servidores são afastados por problemas na Saúde

Servidores municipais de São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná, foram afastados das funções e um empresário foi preso depois de deflagrada uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na manhã desta terça-feira (23). O Ministério Público do Paraná (MP-PR) investiga denúncias de supostas irregularidades na Saúde Pública. Entre elas estão a de cobrança por exames que deveria ser fornecidos de graça pelo município.

Durante toda a manhã foram recolhidos documentos na prefeitura, na Secretaria de Saúde e em empresas da cidade. Oito servidores públicos estão sendo investigadas. Além deles, um empresário que presta serviços de saúde ao município é suspeito de usurpação de função pública. Ele se apresentou na delegacia de São Miguel do Iguaçu no fim da manhã desta terça e depois de ouvido deve ser transferido para Foz do Iguaçu, também no oeste, ainda nesta tarde.

Desde o início do procedimento observamos uma ingerência externa de pessoas que não tinham qualquer vínculo com a administração pública municipal e que vinham agindo como se fossem servidores, exigindo documentos, ordenando e até proibindo determinadas condutas de servidores sob pena de aplicação de sanções disciplinares, comentou o promotor Heric Stilben.

Ainda conforme o MP, foram 18 fatos denunciados. Agora, os documentos apreendidos vão ajudar na construção de uma prova maior dos crimes para que ao final, se for o caso, possamos pedir a condenação dos envolvidos, completou sem informar, por enquanto, qual o volume do prejuízo causado aos cofres públicos. Os envolvidos devem responder por formação de quadrilha, abuso de autoridade, falsidade ideológica e denunciação caluniosa.

Uma ação civil pública que será apresentada à tarde pelo MP deve investigar outros suspeitos envolvidos nas irregularidades.