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Escola ocupada por estudantes é assaltada no Paraná

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Uma das escolas ocupadas por estudantes em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, foi invadida por assaltantes na noite desta terça-feira (25).

Por volta das 23h, os bandidos entraram no Colégio Estadual Juscelino Kubitschek e roubaram celulares e pertences dos jovens. Segundo a Polícia Militar (PM), um dos alunos conseguiu ligar para a polícia,

Ainda não há informações sobre se os bandidos estavam armados. Ainda de acordo com a PM, eles fugiram em um veículo preto.

Uma viatura foi descolada e fez rondas na região, mas, até o momento, nenhum suspeito foi localizado.

Escolas ocupadas no estado

O Paraná concentra o maior número de ocupações do Brasil. De acordo com os estudantes do Movimento Ocupa Paraná, são cerca de 850 escolas e 14 universidades, além de três núcleos. Já o governo afirma que cerca de 752 escolas estão ocupadas. Em todo país, cerca de mil instituições estão ocupadas.

Os estudantes protestam contra a Medida Provisória (MP) 746, que prevê a reforma do ensino médio, e contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que prevê um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos e que pode afetar o orçamento da educação. As manifestações começaram no início de outubro.

Adolescente é morto em escola ocupada

Na segunda-feira (24), um adolescente que participava da ocupação do Colégio Estadual Santa Felicidade foi morto a facadas por um colega após uma discussão. Segundo o secretário de Segurança do Paraná, Wagner Mesquita, os dois estavam sob efeito de uma droga sintética. Após a morte, a escola foi desocupada.

Rumos dos protestos

Os estudantes realizam nesta quarta-feira uma assembleia para definir os rumos dos protestos. A reunião também deve definir as desocupações em mais de 100 colégios para a realização do Enem no início do mês que vem.

Enem

As ocupações ocorrem em meio ao preparo para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cujas provas serão aplicadas nos dias 5 e 6 de novembro. Muitas das escolas ocupadas serão locais de aplicação de provas.

De acordo com o último balanço divulgado pelo MEC, 182 locais de prova do Enem estavam ocupados até a semana passada. O número aumentou desde que o ministro da Educação, Mendonça Filho, estipulou o dia 31 como prazo para desocupação dos locais.

Segundo a pasta, caso isso não ocorra, o Enem será cancelado nesses locais.

A Advocacia-Geral da União (AGU) defende que, em caso de cancelamento, seja cobrado dos participantes das ocupações o custo da aplicação das provas para os alunos prejudicados. O custo é de R$ 90 por prova. Para que isso ocorra, no entanto, é necessário o nome dos ocupantes. O MEC enviou aos institutos federais um comunicado no qual pede os nomes. Os institutos dizem que há obstáculos operacionais para que isso seja feito e que pedido semelhante nunca foi feito antes.

Eleições

Em alguns dos locais ocupados, seções eleitorais vão funcionar neste domingo (30), no segundo turno das eleições municipais. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda não tem um balanço sobre colégios onde haverá seções eleitorais e que estão ocupados. Segundo o TSE, cabe a cada Tribunal Regional Eleitoral (TRE) tomar as devidas providências para que a votação seja realizada.

O TRE do Paraná, por exemplo, decidiu mudar os locais de votação de todos os eleitores que votam em escolas estaduais, ocupadas ou não. Ao todo, 205 locais de votação (146 em Curitiba, 32 em Maringá e 27 em Ponta Grossa) mudarão de lugar. Confira o mapa com os novos locais de votação em Curitiba, Ponta Grossa e Maringá.

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