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Estudantes do Paraná fazem assembleia e decidem manter ocupações

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Uma assembleia organizada pela União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes) definiu que serão mantidas por tempo indeterminado as ocupações nas escolas públicas do Paraná. O encontro ocorreu na tarde desta quarta-feira (26). Os estudantes são contra a medida provisória do governo federal que aplica mudanças no ensino médio.

As ocupações começaram no início de outubro. Segundo a Upes, o Paraná tem 850 escolas estaduais ocupadas. A Secretaria da Educação fala em 567. De toda forma, o estado tem o maior número de ocupações do país.

Para o presidente da Upes, Matheus dos Santos, a reforma educacional que o governo pretende implantar não é adequada. “Essa reforma não é boa, ela é ruim, vai fazer com que a educação retroceda”, diz.

Além da medida provisória das mudanças no ensino médio, os estudantes também são contra o projeto de emenda constitucional que limita os gastos públicos. Apesar das pautas contrárias ao governo de Michel Temer, os estudantes dizem que não estão vinculados a qualquer partido..”Nós não estamos a mando de ninguém, nós somos um movimento político, não estamos a mando de partido nenhum, entendeu, de pessoa nenhuma. Os estudantes  estão ocupando as escolas contra a medida provisória.O movimento é dos estudantes, mas é apoiado por professores, pais, comunidade escolar como um todo”, afirma Santos.

Na assembleia realizada nesta quarta-feira, alguns pais de alunos também participaram com os filhos. Juarez Huinka, que acompanhou o filho, acredita que a luta dos estudantes é válida. “Eu acho que é uma coisa que eles estão certos, tem que participar e correr atrás dos objetivos”, diz.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) determinou a mudança de 205 locais de votação, devido às ocupações. A mesma situação ocorre com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O Ministério da Educação já determinou que os estudantes que forem fazer a prova em locais que estiverem precisarão esperar para que o exame seja remarcado.

Por essa razão, nem todos os alunos concordam com as ocupações. Para a estudante Gabriela Dominski, a falta de aulas pode prejudicar quem está terminando o ensino médio. “A gente precisa das matérias, o vestibular está aí, o Enem também, então está sendo muito bom a volta às aulas”, diz.

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