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Paraná

Ex-prefeito teria usado bomba de oxigênio de posto de saúde em barril de chope

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Divulgação/MP

José Claudio Pol teria desviado a única bomba de oxigênio para bombear barril de chope

José Claudio Pol (PMDB), ex-prefeito de Luiziana, no centro-oeste do Paraná, está na mira do Ministério Público (MP-PR). Uma ação civil pública por improbidade administrativa contra ele, inclusive, já foi proposta. Pol é acusado de desviar o único cilindro de oxigênio móvel disponível em uma unidade municipal de saúde para bombear um barril de chope durante uma festa particular, realizada na virada de ano de 2012 para 2013.

Em entrevista ao portal G1, o promotor do Patrimônio Público Marcos José Porto Soares usou a ironia para comentar o caso. Esse foi o último ato dele como prefeito, afirmou o promotor. O mandato de Pol como prefeito terminou no dia 31 de dezembro de 2012. Atualmente, ele exerce a função de secretário municipal de Finanças de Luiziana.

Para Pol, porém, o caso não passa de uma intriga política. Também em entrevista ao G1, ele afirmou que pode comprovar que teria alugado o equipamento em Maringá. Temos extrato do cartão de crédito, e a empresa está puxando as notas fiscais que ficaram registradas no computador”, diz. O Ministério Público não tem como comprovar que eu utilizei o cilindro do posto de saúde”.

O MP-PR, porém, defende que o ex-prefeito teria ordenado na data da festa que um servidor público fosse até o posto de saúde e levasse o balão de oxigênio móvel para a casa do político, onde amigos e familiares do político confraternizavam a virada do ano com um barril de chope. O promotor mdiz que pode comprovar o fato através de fotos que a filha do ex-prefeito teria publicado em uma rede social.

Para agravar ainda mais a situação, o equipamento do posto de saúde prejudicou o atendimento a uma paciente, que chegou à unidade na madrugada de 1º de janeiro de 2013 com suspeita de infarto. Ela precisou ser transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Campo Mourão, a 30 quilômetros de Luiziana, mas como o único equipamento móvel foi retirado da unidade de saúde, a mulher viajou sem receber oxigenação. No dia seguinte, 2 de janeiro de 2013, a paciente morreu em Campo Mourão.

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