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Governo do Paraná nomeia 169 servidores para a Adapar

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O Diário Oficial do Governo do Paraná publicou na edição desta terça-feira (02) o decreto 1535 com a nomeação de 169 novos servidores para a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). O decreto foi assinado na noite de segunda-feira (01) pelo governador Beto Richa para prosseguir com o cronograma de reestruturação e fortalecimento da defesa sanitária do Paraná, iniciado com a criação da Adapar em 2011.

De acordo com o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, a nomeação é um passo importante do Paraná para ampliar a rede de vigilância sanitária, que é fundamental nos processos pelo reconhecimento internacional de erradicação da peste suína clássica e da febre aftosa sem vacinação, que estão em curso. Trata-se de uma sinalização importante e necessária para o Ministério da Agricultura e a Organização Mundial de Saúde Animal como medida preparatória aos processos, afirmou Ortigara.

A contratação representa reforço de 31% na capacidade da equipe técnica da Adapar, que conta com 544 servidores entre médicos veterinários, engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas. Com a nomeação serão mais 61 médicos veterinários, 32 engenheiros agrônomos e 76 técnicos agropecuários, totalizando 913 servidores para os quadros da empresa. Esse total conta com 200 servidores administrativos já existentes.

Para Ortigara, a medida foi necessária para garantir o avanço da qualidade e sanidade da produção paranaense visando a dificuldade de acesso a mercados mais disputados no cenário internacional. Houve determinação do governador em cumprir um cronograma para fortalecer processos que visam vôos mais altos para a produção agropecuária paranaense, afirmou o secretário.

Com o avanço do processo, que deverá culminar com o reconhecimento do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação, em maio de 2018, só as cooperativas paranaenses vão desengavetar investimentos avaliados em R$ 1,35 bilhão em novas plantas frigoríficas ou ampliação das já existentes. Entre os projetos mais expressivos está a nova planta de abate de suínos da Frimesa, que prevê abater até 14 mil suínos por dia, uma das maiores do País.

CARGOS

Os profissionais nomeados vão se dedicar não só a ampliar o controle e vigilância sobre a febre aftosa e peste suína clássica, doenças que não estão mais presentes no rebanho paranaense. Mas também ao controle de outros problemas sanitários que provocam prejuízos no rebanho paranaense, como tuberculose e brucelose bovina, além de evitar a chegada da influenza aviária que está dizimando aviários nos Estados Unidos. E vão atuar também contra pragas nos vegetais.

Os fiscais nomeados serão chamados formalmente para se apresentar na Adapar e seguirão um programa de treinamento que será dado em parceria com a Federação da Agricultura do Estado do Paraná e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Faep/Senar). Na parceria, as instituições vão custear o treinamento para que os novos servidores tenham acesso a conteúdo mais profundo sobre as questões técnicas necessárias para o exercício do cargo, assim como a importância do trabalho para o serviço público paranaense.

Eles terão acesso a conteúdos sobre visão mundial do agronegócio, visão moderna de sanidade com os conceitos da OIE, entidade que abrange 180 países e também conteúdo de legislação e didática de abordagem com produtores e associações de classe. Irão aprofundar também o conhecimento técnico de programas e ações que estão sendo empreendidas pela Adapar em todo o Estado.

Segundo Ortigara, o reforço na estrutura da Adapar foi uma das medidas recomendadas tanto pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento como pela OIE para que o Paraná alcance os status pretendidos. Na hora que a gente suspende a vacinação no gado como medida de manejo para galgar o status de área livre de febre aftosa sem vacinação, precisamos reforçar a vigilância sanitária e aperfeiçoar os mecanismos de controle de trânsito, caso haja necessidade de agir rápido se houve algum foco de enfermidade, disse.

EMATER

Ortigara disse que o próximo passo rumo à modernização da estrutura da agropecuária paranaense será o lançamento de um programa de incentivo à demissão voluntária simultaneamente à nomeação de 400 profissionais para a Emater. Os novos profissionais vão reforçar os serviços de assistência técnica e extensão rural oficial, medida já autorizada pelo governador Beto Richa.

Com a reestruturação dos serviços de defesa sanitária e extensão rural a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento lançará um programa de incentivo à pecuária paranaense. Será um vôo ousado e necessário para provocar uma revolução na atividade pecuária paranaense, destacou.

Em parceria com o setor privado, o programa vai focar ações em tecnologia e manejo para alcançar resultados como aumento da natalidade, ganho de peso e redução do período de abate dos animais, técnicas que visam melhorar a qualidade da carne produzida no Estado.

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