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Paraná

Laudo aponta que caminhão invadiu pista contrária em acidente na PR-323

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Divulgação/PRE

O laudo da Polícia Científica do Paraná referente ao local do acidente ocorrido na PR-323 no dia 31 de outubro – no qual 21 pessoas morreram concluiu que o caminhão invadiu a pista contrária, colidindo com um ônibus da Prefeitura de Altônia. O ônibus transportava pacientes que iriam até um hospital no município de Umuarama para fazer cirurgias de catarata.

Demos total prioridade a este caso, para fornecer as provas técnicas necessárias às autoridades competentes, afirmou o diretor-geral da Polícia Científica do Paraná, Hemerson Bertassoni Alves.

Uma equipe de peritos esteve no local para coletar evidências e analisar a dinâmica do ocorrido, no dia do acidente e também no dia seguinte. Com base nos danos presentes no ônibus, na composição do caminhão bi-trem e no automóvel Parati, os peritos concluíram que o ônibus trafegava na rodovia, sentido Guaíra-Umuarama, e o caminhão vinha na mesma faixa (contramão), sentido Umuarama-Guaíra. O automóvel Parati trafegava no mesmo sentido do ônibus e estava logo atrás dele.

Ao perceberem o risco de colisão, o motorista do ônibus realizou uma manobra de fuga para a sua esquerda e, ao mesmo tempo, o condutor do bi-trem fez uma manobra para a sua direita, com a intenção de retornar para a sua faixa de rolamento, reconstitui o perito de Engenharia e chefe da Divisão Técnica do Interior do Instituto de Criminalística, Luís Noboru Marukawa. De acordo com ele, não foram encontradas marcas de frenagem na pista.

Todos os vestígios coletados posição do caminhão, posição de onde ocorreu o choque e a posição final dos veículos apontam que o caminhão estava na contramão, diz Noboru.

A colisão inicial ocorreu entre a região fronto lateral direita do ônibus com a região fronto lateral esquerda do caminhão. Ato contínuo, o ônibus continuou em movimento empurrando e girando o caminhão. Foi nesse momento que ocorreu o rompimento de um dos tanques de combustível do caminhão bi trem, dando início ao incêndio, acrescenta o perito.

O condutor da Parati, ao constatar a desaceleração do ônibus a sua frente tentou uma manobra evasiva para o acostamento à direita. Mesmo assim, atingiu a extremidade direita do parachoque traseiro do ônibus. O envolvimento do veículo Parati não alterou em nada na dinâmica do primeiro acidente. Quando o ônibus desacelerou, a Parati, que vinha logo atrás, atingiu a extremidade direita do parachoque traseiro desse ônibus, explica.

O laudo foi entregue nesta quinta-feira (10) à Polícia Civil, que dará continuidade ao inquérito do caso. Já ouvimos testemunhas e ainda vamos ouvir outras pessoas. Também estamos no aguardo de documentos como resposta a questionamentos que foram feitos a instituições que tenham ligação com os veículos envolvidos, a fim de concluir o inquérito o mais rápido possível, afirma o delegado de Iporã, Adaílton Ribeiro Júnior.

EXAMES DE DNA Com o incêndio provocado no acidente, 18 das 21 vítimas fatais estão tendo que passar por exames no Laboratório de DNA, em Curitiba, para a identificação. Duas delas já haviam sido identificadas por outros métodos e uma das pessoas morreu após ser encaminhada a um hospital da região. As amostras de DNA estão em andamento e a previsão do laudo de todas elas ser entregue é nesta sexta-feira (11), afirmou o diretor-geral da Polícia Científica.

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