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Paraná

Mais de 640 colégios estaduais estão ocupados no Paraná, diz movimento

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O número de colégios estaduais ocupados por estudantes no Paraná chegou a 642, segundo o último balanço divulgado na manhã desta terça-feira (18) pelo movimento Ocupa Paraná. Dez universidades e dois Núcleos de Educação também foram ocupados.

Veja a lista completa das ocupações no site do movimento estudantil.

Os estudantes protestam contra a medida provisória 746 que determina uma reforma no ensino médio no país. As ocupações começaram no dia 3 de outubro.

No domingo (16), o governo estadual decretou recesso escolar nas escolas ocupadas até sexta-feira (21). Nesse período os diretores devem conversar com os estudantes para chegar a um acordo de desocupação. O Conselho Tutelar também foi acionado para realizar vistorias nas instituições para verificar a situação dos adolescentes.

Segundo dados do Governo do Paraná, até esta terça-feira, 50% das escolas públicas estaduais estão funcionando normalmente. Por causa da greve,  20% das instituições de ensino no estado estão funcionando parcialmente e em 5% paralisaram as atividades totalmente.

A Secretaria de Estado da Educação (Seed) informou ainda que 25% das escolas estaduais estão ocupadas por alunos.

 

Reintegração de posse

Na quarta-feira (12), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sugeriu aos estudantes de 13 escolas de São José dos Pinhais que desocupassem os prédios imediatamente.

Em algumas instituições, os alunos chegaram a desocupar os locais, mas, posteriormente, segundo a App-Sindicato, o juiz Guilherme Frederico Hernandes Denz, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), atendeu ao recurso da Defensoria Pública do Paraná e suspendeu os mandados de reintegração contra as 13 escolas.

 

Greve

Nesta segunda-feira, professores e funcionários da rede estadual de ensino do Paraná iniciaram uma greve por tempo indeterminado. Com a paralisação, aproximadamente um milhão de estudantes devem ficar sem aula. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP- Sindicato), a greve deve reunir todo o efetivo da categoria aproximadamente 40 mil funcionários.

Conforme o presidente da APP, Hermes Leão, “um dos principais motivos que levou à paralisação da categoria foi o fato de o governador Beto Richa (PSDB) ter voltado atrás no compromisso de pagamento da data-base da categoria para janeiro de 2017”.

O primeiro dia da paralisação atingiu totalmente 5% das escolas, de acordo com dados da Seed. Isso significa que alunos de 107 unidades ficaram sem aula pela manhã. Em 18%, a greve foi parcial e em 55% não houve adesão.

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