Fale com a gente

Paraná

Paraná estima colher 21,7 milhões de toneladas na safra de verão

Publicado

em

Jonas Oliveira

O Paraná começou a colher a safra de verão 2014/15 e já está plantando a segunda safra. Conforme o relatório de janeiro do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a estimativa é de uma colheita de 21,7 milhões de toneladas, a maior parte soja, milho e feijão. O volume representa um aumento de 5% em relação a estimativa de janeiro da safra passada, quando foram colhidas 20,6 milhões de toneladas de grãos.
O volume total, se somada a safrinha (segunda safra) de milho, soja e feijão da seca, deve ser de 32,3 milhões de toneladas – cerca de 3% inferior a esse período da safra passada. A boa colheita se dá apesar do calorão. As principais lavouras de grãos sofreram com as altas temperaturas registradas em janeiro, que influenciaram na redução de produtividade em algumas regiões, afirma o secretário Norberto Ortigara.
Os próximos 15 dias ainda serão determinantes para a consolidação das lavouras de milho e soja porque grande parte está em fase de floração e frutificação, portanto vulneráveis às oscilações do clima.
A expectativa agora fica por conta da comercialização, que está assustando um pouco o produtor rural. Com a recomposição dos estoques internacionais de grãos, a tendência é que ele venda sua produção por preços menores que em anos anteriores.
Para o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura, Francisco Carlos Simioni, nos últimos três anos o Paraná produziu boas safras e o produtor conseguiu comercializar a produção por preços mais atraentes, situação diferente da atual conjuntura de mercado nacional e internacional para as principais commodities.

Soja
Oscilações do clima durante o ciclo de produção e, principalmente, as temperaturas elevadas registradas no Estado em meados de janeiro levaram os técnicos do Deral a fazerem ajustes na estimativa de produção da safra de soja. A previsão de colher uma safra recorde de 17 milhões de toneladas foi reduzida para 16,4 milhões de toneladas.
A cultura ocupa uma área de cinco milhões de hectares, 3% superior a safras anteriores e ao longo do ciclo sofreu com falta de chuvas regulares no final de outubro e novembro do ano passado que atingiu principalmente os plantios mais precoces na região Oeste. No Norte Pioneiro, as lavouras sentiram mais o aumento das temperaturas nesse início de ano, fatores que influenciaram na redução da produtividade.

 

Milho

Também foi iniciada a colheita do milho da primeira safra, sendo que 6% da área plantada já foi colhida. Na região Sudoeste do Estado, a produtividade média está alcançando entre nove mil a 9,5 mil quilos por hectare. A maior parte das lavouras ainda está em fase de floração e frutificação, portanto vulnerável à oscilações do clima.
Segundo o Deral, a primeira safra de milho é pequena. Neste ano serão colhidas 4,6 milhões de toneladas, o que corresponde a uma queda de 16% sobre a safra passada que também já foi pequena. Atualmente o grão está cotado a R$ 20,73 a saca com 60 quilos, considerado um preço razoável, com perspectiva de se manter mais regular em relação aos demais grãos.

Feijão
A primeira safra de feijão está com 81% da área colhida. A estimativa do Deral aponta para uma safra de 332 mil toneladas, uma redução de 17% em relação ao mesmo período do ano passado. A queda na produção está sendo provocada pela redução área plantada em 19% na comparação com o ano passado. O aumento acentuado das temperaturas, estiagem e chuvas na colheita contribuíram para redução de cerca de 8% na produtividade.

O rendimento médio do feijão que vem sendo obtido é de 1.733 quilos por hectare, ainda assim 3% superior à safra do ano passado. Os preços do produto estão atraentes e a estimativa é que cerca de 50% da primeira safra já tenha sido comercializada.

Mandioca
A mandioca produzida no Estado estava abastecendo o mercado paranaense e os mercados dos estados do Nordeste além de outras praças do País, e por isso, gerava boa renda aos produtores. Agora entra numa fase de desaceleração da comercialização devido a uma oferta mais regular nos principais estados produtores. Com as chuvas em outras regiões do País, a produção nacional de mandioca se recompôs, o que fez os preços despencarem cerca de 60%.
A mandioca que chegou a ser vendida por R$ 550 a tonelada em dezembro de 2013 foi vendida por R$ 219 a tonelada, um ano depois. Em janeiro desse ano o preço caiu mais um pouco e foi vendido por apenas R$ 199 a tonelada da mandioca colocada na indústria.

Copyright © 2017 O Presente