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Professores da Unioeste devem anunciar greve nesta quinta-feira

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A Adunioeste, o sindicato dos docentes da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), realiza assembleia na tarde de hoje disposto a deflagrar greve nos próximos dias em resposta às medidas do governo do Paraná que não vai cumprir o acordo firmado durante a votação do ajuste fiscal no ano passado e quer suspender o reajuste aos servidores que estava previsto para o mês de janeiro de 2017. As demais universidades estaduais também realizam assembleia em diferentes cidades para votar a greve.

De acordo com o professor Luiz Fernando Reis, presidente da Adunioeste, os servidores estão pagando o rombo da previdência estadual por causa do chamado ajuste fiscal realizado no ano passado. Ele diz que nada justifica não reajustar os salários. Se o governo está em crise porque se dispõem a gastar R$ 50 milhões ao ano para alugar helicóptero e avião, questiona Reis. Os professores falam em calote do governo que rebate afirmando que vai pagar o reajuste, mas ainda não sabe quando.

A APP-Sindicato reúne hoje em Curitiba o Conselho Estadual da entidade para planejar a greve dos professores da rede estadual. A greve deve ser mesmo unificada e reunir o maior número possível de servidores. O Sindarspen (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná) realizou plenárias regionais em várias cidades e diz que não está descartada a paralisação da categoria.

O Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES) está orientando os mais de 20 sindicatos integrados a convocarem assembléias para discutir a greve geral. A paralisação já está acertada e foi decidida na manhã de terça-feira (4) pela coordenação do FES. Também na terça, integrantes do Fórum realizaram uma manifestação na Assembleia Legislstiva (Alep) e distribuíram aos deputados nota de repúdio à Mensagem 43, enviada pelo governador, que condiciona a implantação do reajuste em janeiro à liquidação do pagamento de progressões e promoções do funcionalismo.

Segundo o FES, as mobilizações também são uma reação às declarações do secretário da Fazenda, Mauro Ricardo, de que o Estado só poderá pagar o reajuste dos servidores em 2018. Para o FES, esta posição indica o real objetivo do governo, que é o de não pagar nem mesmo as progressões e promoções que estão condicionadas ao limite da Lei de Responsabilidade Fiscal, conforme a proposta, e acaba por tempo indeterminado com a data-base dos servidores. O FES reforça aos servidores que é inaceitável que a categoria pague a conta, mais uma vez, pela má gestão de Richa.

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