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Paraná

Saiba porque o temporal de Finados causou tantos estragos no Paraná

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Ramon Pereira / RPC
Árvore caiu sobre um carro na Rua Padre Agostinho, em Curitiba

 

Ressaca histórica no litoral, ventos de quase 100 quilômetros por hora e granizo no interior do estado. Os eventos climáticos mais recentes no Paraná deixaram um rastro de estragos desde o último fim de semana. Segundo a meteorologista Josélia Pegori, do Instituto Climatempo, o fenômeno de Finados foi causado pela combinação de uma frente fria com um sistema de baixa pressão atmosférica, que levou à formação das chamadas linhas de instabilidade no estado. Essas linhas são um conjunto de nuvens cumulus-nimbus, nuvens extremamente fortes, que provocam raios, trovoadas, chuvas, granizo e ventos fortes, explica.

Essa condição, conforme ela, já havia ocorrido neste ano no Paraná e ainda pode ocorrer novamente. É algo que se forma em qualquer época do ano. A diferença que tivemos desta vez foi o fato de termos várias nuvens atuando juntas ao mesmo tempo na região Sul do Brasil, assinala Josélia.

Antes de chegar ao Paraná na quarta, a forte ventania que atingiu a região Sul do Brasil passou por Soledade (RS) na terça (1ª), com velocidade de 114 km/h e Morro da Igreja (SC), com 112 km/h. Em Diamante do Norte (PR), foram registrados ventos na quarta de 111 km/h. Foz do Iguaçu foi uma das cidades brasileiras que mais registraram acumulados de chuva ao longo de quarta-feira (61 mm).

Somente no feriado de quarta-feira (2), Dia de Finados, o temporal registrado afetou 747 pessoas, segundo balanço da Defesa Civil. Ao todo, foram dez cidades atingidas Cascavel, Cianorte, Londrina, Maringá, Nova Esperança, Primeiro de Maio, Querência do Norte, Rondon, Santa Isabel do Oeste e São José dos Pinhais. A maior parte dos atendimentos da Defesa Civil esteve relacionada a destelhamentos de casas e queda de árvores, devido à velocidade dos ventos.

No final de semana, uma ressaca já tinha assustado moradores e comprometido a estrutura de cidades do litoral paranaense. A situação teve a influência de um ciclone extratropical que passou pelo Rio Grande do Sul.

Para os próximos dias, no entanto, não há previsão de temporais. De acordo com o Instituto Simepar, a expectativa é que uma massa de ar mais estável favoreça uma sexta-feira (4) de maior estabilidade na região Sul do país.

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