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Sindicatos da Unioeste fazem atividade preparatória para greve geral

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Servidores técnicos e professores da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) participaram na manhã de terça-feira (11) de uma atividade unificada convocada pelo Sinteoeste (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos do Ensino Superior do Oeste do Paraná) e Adunioeste (Sindicato dos Docentes da Unioeste).

Alusivas ao Dia de Luta e Mobilização em Defesa das Universidades Públicas do Paraná, as ações que aconteceram nas universidades estaduais, também foram convocatórias para a paralisação da Greve Geral de 28 de abril convocado pelas centrais sindicais em todo o país contra as reformas da Previdência e Trabalhista, a o projeto de lei das terceirizações e demais retrocessos propostos pelo Governo Temer à classe trabalhadora.

A atividade na Unioeste foi coordenada pela professora Francis Mary Guimarães, vice-presidente do Sinteoeste e o professor Luiz Fernando Reis, presidente da Adunioeste, que apresentaram um balanço do Governo Beto Richa (PSDB) e da atual ofensiva às IEES; como o ataque à autonomia universitária, corte de concessão de licenças, corte do TIDE para professores temporários e totalidade dos técnicos, cortes de carga horária e restrição na contratação de técnicos e docentes.

Luiz Fernando citou o discurso do “ajuste fiscal” do Governo Richa, que tem como principal alvo os servidores. Ele lembrou que o funcionalismo já vem pagando há muito tempo por esse “ajuste”: “O calote da data-base e o saque ao Paranaprevidência já rendeu ao cofres do governo quase R$ 4 bilhões de aposentadorias dos servidores e renderá outros R$ 1,9 bi do reajuste não pago”.

Na opinião do representante da Adunioeste “foi esgotada qualquer margem de diálogo e negociação com o governo estadual”. “O projeto do Governo Beto Richa é claro. É de destruição da universidade pública”, afirmou.

Para Francis, do Sinteoeste, o atual momento pede unidade de técnicos e professores contra o projeto de sucateamento e privatização do ensino superior. “Recentemente tentaram aprovar uma PEC [Proposta de Emenda à Constituição], de autoria do deputado Alex Canziani, que pretendia abrir a cobrança de mensalidades nas universidades públicas. A intenção é que a universidade pública seja como faculdades particulares, meramente o ensino, sem pesquisa e extensão”, comentou.

A dirigente sindical fez uma convocatória aos trabalhadores da Unioeste para participarem dos atos programados para 28 de abril em todo país. “A greve geral é momento da classe trabalhadora retomar as rédeas deste país. Se não nos protegermos como um corpo, seremos destruídos com mais facilidade por esse governo que quer retirar todos os direitos da classe trabalhadora”, concluiu.

As paralisações de 28 de abril já foram aprovadas por unanimidade em assembleias dos servidores técnicos e professores da Unioeste na última semana. Os professores da Rede Municipal de Cascavel e da Rede Estadual também já aprovaram, em assembleias, adesão a movimento convocado pela unidade das centrais sindicais.

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