Fale com a gente

Policial

Major Welyngton diz que 2010 é ano de estruturação do 19º Batalhão

Publicado

em

nbsp;

Dois mil e dez eacute; um ano de estrutura ccedil; atilde;o para o 19 ordm; Batalh atilde;o da Pol iacute;cia Militar (BPM), com sede em Toledo. A afirma ccedil; atilde;o eacute; do comandante da unidade, major Welyngton Alves da Rosa, que ontem (05) esteve na reda ccedil; atilde;o do Jornal O Presente em companhia do capit atilde;o Jos eacute; Osmar Novach, comandante da 2 ordf; Companhia da Pol iacute;cia Militar (PM), com sede em Marechal C acirc;ndido Rondon. O 19 ordm; Batalh atilde;o compreende tr ecirc;s Cias, al eacute;m de Marechal Rondon h aacute; outras duas (Toledo e Assis Chateaubriand), e no total atende 21 munic iacute;pios da regi atilde;o. O major assumiu o comando do Batalh atilde;o no uacute;ltimo dia 10 de dezembro, ap oacute;s trabalhar como comandante da 2 ordf; Cia, 3 ordf; Cia da Pol iacute;cia Rodovi aacute;ria (Cascavel) e subcomando do 6 ordm; Batalh atilde;o da PM (Cascavel).
O comando do 19 ordm; BPM tem um ldquo;gostinho rdquo; especial para Welyngton, tendo em vista que leva o nome de seu pai, Jo atilde;o Alves da Rosa Filho, historiador e capit atilde;o da PM, que faleceu em 2004. Devido a isso, e tamb eacute;m pelo fato de o major ter trabalhado por cerca de 12 anos na regi atilde;o, ele sabe que a expectativa da comunidade eacute; grande quanto a sua atua ccedil; atilde;o.

O mais preparado
Em quatro anos do Batalh atilde;o, Welyngton eacute; o quinto comandante. Segundo ele, as autoridades querem a perman ecirc;ncia maior dos comandantes no Batalh atilde;o para que projetos n atilde;o sejam interrompidos. ldquo;Em hip oacute;tese alguma posso frustrar as expectativas, at eacute; para poder sair com a consci ecirc;ncia tranquila. Me sinto, sem desmerecer os que passaram e os que vir atilde;o, o mais preparado para comandar o Batalh atilde;o, pelo tempo que presto servi ccedil;o nessa regi atilde;o rdquo;, declarou.

Expectativa
A comunidade, diz Welyngton, pode esperar dele muito empenho, dedica ccedil; atilde;o, profissionalismo e um olhar carinhoso para a regi atilde;o. ldquo;Essa regi atilde;o em que cresci profissionalmente sempre vai ser muito bem atendida rdquo;, garante. ldquo;Meu primeiro ato como comandante foi entregar uma viatura para a patrulha Rural de Oliveira Castro (Gua iacute;ra). Fortalecendo o policiamento naquela localidade, diminu iacute;mos os problemas aqui rdquo;, analisa.
Al eacute;m disso, a regi atilde;o pode esperar do major um oficial sempre presente na unidade para cobrar que a tropa seja educada, respeitada e cumpra com suas obriga ccedil; otilde;es. ldquo;Vou defender o policial correto em todas as situa ccedil; otilde;es, mas tamb eacute;m vou puni-lo sempre que ele estiver errado. Se tiver que transferir, ou buscar policiais, vamos fazer isso rdquo;, alerta.

Cobran ccedil;a
Welyngton diz que cobra para que os policiais atendam bem a comunidade, mas sabe que a PM eacute; mais ostensiva e a mais cobrada que existe. A cobran ccedil;a para a PM eacute; a maior, explica o comandante, por esta ser a uacute;nica da regi atilde;o que tem o 190. ldquo;Nenhuma outra pol iacute;cia tem o contato com a comunidade que a PM tem. Isso faz com que as cr iacute;ticas aumentem rdquo;, menciona.
O major diz que a miss atilde;o de um comandante eacute; buscar estrutura, para dar condi ccedil; otilde;es de trabalho aos policiais. ldquo;O bom comandante eacute; aquele bem relacionado em Curitiba, que consegue trazer equipamentos, verbas, materiais para que a tropa consiga bem atender a comunidade rdquo;, acredita.

Estrutura
Um dos problemas estruturais do Batalh atilde;o, aponta o policial, eacute; a falta de um espa ccedil;o f iacute;sico adequado para salas de instru ccedil; atilde;o, de tr acirc;nsito e grupos de opera ccedil; otilde;es especiais. ldquo;O Batalh atilde;o eacute; carente de equipamentos, de estrutura para que a tropa atenda bem a comunidade, principalmente quanto agrave; sede rdquo;, comenta, complementando que a Cia de Marechal Rondon n atilde;o comporta mais o crescimento da cidade. ldquo;Temos que construir uma nova Cia rdquo;, destaca. No entanto, ele informa que algumas mudan ccedil;as j aacute; ocorrem, como o in iacute;cio da obra do refeit oacute;rio em Toledo, que em tr ecirc;s meses deve estar pronto.

Cidades
A prioridade da PM est aacute; sendo o atendimento das cidades. O combate ao contrabando, descaminho e tr aacute;fico de armas eacute; especifico da Pol iacute;cia Federal, Receita Federal e For ccedil;a Alfa, este uacute;ltimo oacute;rg atilde;o criado pelo Estado em apoio agrave; Uni atilde;o, informa o major. ldquo;N atilde;o posso exigir que os policiais abandonem as cidades para fiscalizar barranca de rio e correr atr aacute;s de muambeiro. N atilde;o quero meus policiais fora das cidades. Hoje me preocupo com furtos de ve iacute;culos, furtos de resid ecirc;ncias, tr aacute;fico de drogas dentro dos munic iacute;pios, policiamento em pra ccedil;as, col eacute;gios e aacute;rea de tr acirc;nsito e atendimento agrave; comunidade pelo 190 rdquo;, afirma.
Segundo ele, h aacute; pouco tempo n atilde;o existia a PF, Pol iacute;cia Rodovi aacute;ria Federal e For ccedil;a Alfa na regi atilde;o, o que acumulava o servi ccedil;o feito por esses oacute;rg atilde;os, mas a hist oacute;ria agora eacute; outra.

Drogas
O monitoramento est aacute; sendo uma das armas usadas pela PM no combate ao tr aacute;fico de drogas, comenta o comandante. A inten ccedil; atilde;o do comando eacute; intensificar o servi ccedil;o de investiga ccedil; atilde;o do Batalh atilde;o. ldquo;Em Marechal Rondon, por exemplo, o comandante Novach criou o Servi ccedil;o Reservado, que tem feito v aacute;rias apreens otilde;es de drogas. A comunidade tem o 181 (Disque Den uacute;ncia), criado pela PM, que tem resultado em muitas apreens otilde;es. Trabalhamos muito forte quando chega essa den uacute;ncia, fazendo o monitoramento e a desativa ccedil; atilde;o do ponto de tr aacute;fico rdquo;, garante. nbsp; ldquo;Quando detectamos o problema fazemos o monitoramento e, em parceria com o Minist eacute;rio P uacute;blico e Poder Judici aacute;rio, conseguimos mandados de busca e apreens atilde;o e pris atilde;o rdquo;, menciona. Por eacute;m, reconhece Welyngton, o problema eacute; muito mais complexo. ldquo;O crack chegou muito forte. Algumas cidades j aacute; perderam o controle do consumo desse tipo de droga. A PM tem procurado dar uma resposta, mas muito mais f aacute;cil eacute; evitar a entrada desse material no Brasil, fazendo o combate firme nas fronteiras rdquo;, acredita.

Sociedade
A sociedade eacute; muito mais participante do que a pol iacute;cia, ressalta. ldquo;Quando a pol iacute;cia age, v aacute;rias coisas j aacute; aconteceram e normalmente estamos agindo com o usu aacute;rio, mas o trabalho forte tem que ser feito em cima do traficante. Ao redor do ponto de drogas s atilde;o criados outros crimes, como furtos de resid ecirc;ncias, roubos. Tanto que quando verificamos que os furtos em um bairro est atilde;o aumentando, pode verificar que l aacute; um ponto de drogas est aacute; instalado rdquo;, analisa.

Menores infratores
Quanto aos menores infratores, o major diz que a PM est aacute; limitada a fazer as apreens otilde;es e encaminhamento para as autoridades judiciais. ldquo;Por falta de local adequado para se guardar os menores por um per iacute;odo, at eacute; mesmo por crimes n atilde;o t atilde;o graves, o menor acaba voltando para a criminalidade. A reincid ecirc;ncia do menor infrator eacute; muito alta. A falta de local, legisla ccedil; atilde;o agrave;s vezes male aacute;vel, aus ecirc;ncia de condi ccedil; otilde;es de encaminhamento dos menores para os centros de deten ccedil; atilde;o, acaba repercutindo na comunidade rdquo;, exp otilde;e.

Menor e drogas
A maioria dos menores que cometem crimes, como roubos, latroc iacute;nios, furtos, est atilde;o relacionados ao tr aacute;fico de drogas, aponta. ldquo; Eacute; dif iacute;cil pegar um menor que est aacute; cometendo um crime que ele n atilde;o esteja fazendo isso para adquirir drogas, ou a mando de um ponto de tr aacute;fico para eliminar algu eacute;m que est aacute; fazendo concorr ecirc;ncia. Infelizmente, quase 85% das ocorr ecirc;ncias atendidas pela pol iacute;cia envolvem menores rdquo;, relata.

Tr acirc;nsito
A rela ccedil; atilde;o de aacute;lcool e crimes tamb eacute;m eacute; uma preocupa ccedil; atilde;o do comandante, especialmente quando o resultado dessa mistura aparece no tr acirc;nsito. Ele cita a cria ccedil; atilde;o do Grupo Operacional de Tr acirc;nsito (Gotran), que come ccedil;ou a atuar na segunda-feira (04), em Toledo, como uma das a ccedil; otilde;es da pol iacute;cia para melhorar o tr acirc;nsito. O Gotran, diz o comandante, esporadicamente dar aacute; apoio agrave;s Cias do Batalh atilde;o. ldquo;A PM n atilde;o faz campanha educativa do tr acirc;nsito, ela faz campanha repressiva. N atilde;o posso pedir ao policial que, numa blitz de tr acirc;nsito, visualize uma infra ccedil; atilde;o de tr acirc;nsito e apenas oriente o motorista. Temos que agir com rigor da lei rdquo;, destaca.
A PM, por eacute;m, diz o comandante, n atilde;o tem estrutura para fazer o policiamento de tr acirc;nsito em todas as cidades. ldquo;Por falta de efetivo, alguns servi ccedil;os na aacute;rea de tr acirc;nsito est atilde;o restritos a algumas cidades rdquo;, comenta.


Expectativa eacute; de que regi atilde;o ganhe 120 policiais

O 19 ordm; Batalh atilde;o da Pol iacute;cia Militar conta com 345 policiais, que trabalham em 21 munic iacute;pios. O efetivo previsto para o Batalh atilde;o quando ele foi criado, em 2005, era de 609 policiais. ldquo;Temos uma car ecirc;ncia de 44% de efetivo rdquo;, estima o comandante. ldquo;Estamos trabalhando esse n uacute;mero junto ao Comando Geral em Curitiba, na expectativa da Escola de Soldados. Em fevereiro eacute; o concurso p uacute;blico e em mar ccedil;o inicia a forma ccedil; atilde;o das escolas. A previs atilde;o, otimista, eacute; de conseguir 120 policiais para o 19 ordm;. Se conseguirmos esse n uacute;mero, possivelmente Marechal nbsp; nbsp; nbsp; Rondon ser aacute; agraciado com 25 policiais rdquo;, revela.
Mesmo com os sonhados 120 policiais, o comandante reconhece que a defasagem ainda continua alta. ldquo;Em 2010 temos a previs atilde;o de 48 policiais que v atilde;o se aposentar rdquo;, diz.
A uacute;ltima escola foi h aacute; quatro anos e dela possivelmente mais que 50% do efetivo formado j aacute; se dispersou pelo Estado. ldquo;O concurso eacute; regionalizado. Os policiais que se inscreveram entre Cascavel e Toledo v atilde;o fazer escola nesses munic iacute;pios rdquo;, menciona o major.

Falta de policiais
Essa defasagem de policiais citada eacute; a maior reclama ccedil; atilde;o da comunidade com rela ccedil; atilde;o a PM, menciona Welygnton. ldquo;Temos alguns munic iacute;pios, por incr iacute;vel que pare ccedil;a, com tr ecirc;s ou quatro policiais. N atilde;o s atilde;o policiais que est atilde;o l aacute; todos os dias, pois existem as folgas, os atestados, f eacute;rias rdquo;, comenta.
Mesmo sem problemas, aponta, quatro policiais num munic iacute;pio representam dois atendendo, devido agrave; escala de hor aacute;rios. Quanto a problemas disciplinares, o major diz que eles n atilde;o chegam a afetar a estrutura do Batalh atilde;o. ldquo;O 19 ordm; atende de cinco a seis mil ocorr ecirc;ncias, sendo que por m ecirc;s temos de uma a duas reclama ccedil; otilde;es de mal atendimento rdquo;, informa.

lt;galeria / gt;

Copyright © 2017 O Presente