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Polícia investiga se suspeitos de matar Thayná foram agredidos

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Suspeitos de violentar e matar Thayná podem ter sido agredidos
por policias

A Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Paraná vai investigar se os quatro homens presos suspeitos de violentar e matar a adolescente Tayná Adriane da Silva, de 14 anos, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, foram agredidos por policiais.

De acordo com a polícia, eles confessaram os crimes. Além disso, a Secretaria de Segurança Pública do Paraná substituiu o delegado responsável pelo caso. As decisões foram divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná nesta quarta-feira (10).

A jovem desapareceu quando voltava da casa de uma amiga. De acordo com a polícia, ela foi abordada pelos suspeitos presos, que trabalhavam em um parque de diversão da cidade. Ainda segundo a polícia, eles estupraram e depois estrangularam a adolescente.

O caso indignou moradores, que protestaram e atearam fogo nos brinquedos do parque. O corpo de Tayná foi encontrado por moradores da cidade três dias após o desaparecimento em um matagal em frente ao parque de diversões.

Os suspeitos estão na Casa de Custódia de Curitiba. Três deles foram ouvidos pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil-secção Paraná (OAB-PR). “Todos eles contam a forma como eles chegaram a um ponto onde não havia mais possibilidade de aguentarem a tortura e foram obrigados a falar o que era mandado”, disse Izabel Mendes, coordenadora de Direitos Humanos da OAB-PR.

O quarto preso não participou da conversa com a advogada porque foi encaminhado para o Complexo Médico Penal com suspeita de hemorragia. O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), comentou as suspeitas, nesta manhã, antes da visita da advogada da OAB aos suspeitos. Disse ter dificuldade em acreditar que agressões em troca de confissão possam ocorrer nos dias de hoje, porém, destacou que o governo irá agir, caso algo seja comprovado.

“Havendo qualquer tipo de irregularidade, desvio de conduta, excessos, nós iremos punir com todo o rigor da lei. Ainda mais se houver a confirmação de qualquer tipo de tortura a essas pessoas. Isso nós não toleramos e não vamos aceitar em nenhuma estrutura do nosso governo”, disse o governador.

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